Por Isabele Benito
De: Povo carioca.

A Paula, do Jardim Maravilha, não tem uma chuva que não me manda vídeos do bairro embaixo d’água... E não é de hoje, hein. A mãe dela, Dona Antônia Rosária, nem termina de pagar o carnê do sofá... Vem o temporal e já era.

A Lú, manicure que mora em Santa Cruz, em meio à pandemia pegou vários BRTs lotados, caindo aos pedaços, e ainda não tem mais a estação perto do trabalho, porque simplesmente virou moradia de pessoas em situação de rua... Ah! Bom lembrar que está fechada, como tantas outras.

A Ana, do Engenho de Dentro, pega duas conduções para trabalhar, porque precisa deixar a filha pequena numa creche e não tinha vaga perto da casa dela.
Atendimentos nas unidades básicas de Saúde são raros. Nas Clínicas da Família, médicos sem saber seus futuros profissionais, foram em busca de outras oportunidades... Aí veio a pandemia e tudo ficou mais difícil.

Aliás, por falar em difícil, e as obras pelo caminho? Os complexos olímpicos abandonados? A prevenção das encostas?

São tantas perguntas e urgências que se a coluna começasse a questionar, de fato, não caberiam neste humilde espaço. Por falar em espaço, as pessoas das comunidades também contam, e muito, com uma atuação mais forte da prefeitura.

A Dorothy, da Rocinha, não cansa de reclamar... É chuva de mensagens! Lá todos esses problemas acima têm demais! Sem falar na falta de segurança, né.

E sim, o prefeito realmente não manda na polícia, mas pode fazer muito pela segurança. É só querer. Iluminar e conservar a cidade faz parte disso. Pode até parecer um tanto presunçoso e, é mesmo, representar a voz de todo um povo neste texto.

Mas vou usar um pouco dos anos de experiência, ouvindo as reclamações e pedidos de ouvintes, telespectadores e leitores, e claro, do privilégio de estar aqui, para falar diretamente com você, senhor eleito pelo povo, para governar o município Rio de Janeiro pelos próximos quatro anos.

Não vai ser novidade! Então, não dá para alegar falta de conhecimento de causa... Isso não rola! E nem dar arma para os adversários alegarem inexperiência... Então, vamos ser práticos!

O povo do Rio precisa de tudo... Isso vocês já sabem e conhecem. Desde já, boa sorte e obrigada. Espero e torço, de coração, que vocês não precisem... Mas pra não perder o costume, se precisar...


3,2,1... É DEDO NA CARA!




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PINGO NO I
Eles deram o que falar... E olha que nem na pauta do TRE estavam! Pra quem não acompanhou, foi preciso a Polícia Federal intervir para que uma empresa de ônibus voltasse a circular com sua frota ontem.
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É claro que nenhuma atitude em dia de eleição, que atrapalhe o voto de alguém, seja aceitável, mas é preciso entender a covardia que o trabalhador sofre.
Parcelar em oito vezes o 13º salário e não recolher o FGTS e INSS, num ano tão complicado é brabo... Entrasse num consenso! Conversasse. Não anunciar 24 horas antes do pagamento... Aí é demais.

Bora colocar o Pingo no I... É de revoltar qualquer um, ainda mais uma categoria que já sofre tanto.



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TÁ BONITO!
Casal Jaqueline e Edson foi junto às urnas
Casal Jaqueline e Edson foi junto às urnasdivulgação
Tá achando que é só a disputa entre os candidatos que pega fogo? Só que não! Os termômetros ontem passaram dos 35 graus, mas muita gente fez questão de exercer a sua cidadania. 

O casal Jaqueline Cristina e Edson da Silva, moradores do Engenho Novo, enfrentou o calorão e foi às urnas. Edson é deficiente visual e nunca faltou uma eleição. “A gente tem que votar pra melhorar. É mais que uma escolha, é compromisso como cidadão”, diz Edson.
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Votar reflete no futuro de cada um de nós. A gente sabe que domingo dá preguiça, ainda mais naquele sol de rachar... A vontade de ir à praia ou tomar aquela gelada foi grande, mas apertar os botões da urna no segundo turno também foi rapidinho, não atrapalhou em nada a programação.

Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Mais uma eleição pra conta, a favor da democracia, e tenho dito!