"Tem que dar certo, tem que melhorar... Eu resisti desde o início, não vai ser agora que vou entregar os pontos". Essas foram as palavras de Daiane Vieira Rodrigues, pequena comerciante de São Cristóvão.
Daiane é dona de duas lanchonetes, uma bem em frente a um tradicional colégio na Rua Antonio Henrique de Noronha, que está fechado, e outra na Feira dos Nordestinos. O que Daiane passa é o retrato do que centenas de comerciantes não só do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil passam.
A palavra resistir vai muito além do que só sobreviver ao vírus, o inimigo invisível que a gente tanto fala por aqui... É mergulhar de cabeça numa crise, sem saber quando ela vai ter fim.
A comerciante abriu sua lanchonete em frente ao colégio em dezembro, pouco tempo antes de começar a pandemia. Segundo ela, não tem um dia sequer que ela não pense em fechar. As contas chegam, mas cadê dinheiro?
"Ainda bem que eu não tive tempo de contratar alguém. Pelo menos não fico na preocupação de saber que tem alguém sem receber. Eu sozinha atraso uma conta aqui, ali... A gente se vira", conta ela.
Dá desânimo ver tanto trabalhador no sufoco... Daiane, vendedora de uma tapioca gostosa demais, viu toda essa situação refletir dentro de casa. O aniversário do filho de 9 anos, sempre comemorado com um bom presente, teve só um bolinho para ela, ele e o marido.
Mas quem disse que ela abaixa a cabeça? Ela é mulher brasileira, que acorda cedo e vai à luta. "Tive amigos que infelizmente não aguentaram a pressão. Mas eu tenho esperança de que tudo vai passar, ela tá aqui dentro de mim", relata.
E vai passar! Claro que vai! Vai ser difícil? Já está sendo... Mas nada é pra sempre. A gente só precisa acreditar e ter força, como Daiane, pra não deixar a peteca cair.
A assistente administrativa aguarda até agora uma resposta do MetrôRio sobre o conserto da cadeira, que ficou no valor de R$ 400.
“Não me ofereceram nenhum suporte. Só preenchi um relatório e recebi os protocolos. Me informaram que eu teria que arcar com o conserto e que seria ressarcida, o que até agora não aconteceu”, reclama.
Luiza agora pensa em levar o caso à Justiça, por causa de todo o perrengue e para que tenha o valor de volta.
Bora colocar o Pingo no I....