"O drama continua, Isabele. Eles já foram cobrados, disseram que vão pagar, mas até agora ficou só nisso: na desculpa esfarrapada".
Essa é a fala de uma funcionária (que não será identificada por medo de represálias) da empresa Rio de Janeiro Comércios e Serviços LTDA, que atua no Instituto Estadual de Doenças do Tórax Ary Parreiras (Ietap), em Niterói, centro de referência para o tratamento de tuberculose, que na pandemia da covid-19 também passou a receber pacientes infectados pelo vírus.
Três meses sem receber salários! Tem funcionário que, além de não ver a cor do dinheiro, nem recebeu vale-transporte e alimentação.
"Eles pagavam atrasados, mas ainda caía na conta. Agora nem isso! Virou uma bagunça... E a gente que se ferra!", afirma a funcionária.
É engraçado como as coisas funcionam, né... Desde que a pandemia chegou, a gente observa todo mundo batendo palminha, fazendo corrente pela internet, chamando de heróis os profissionais de saúde, que merecem sim, e muito, todo e qualquer reconhecimento, mas por que na prática nada disso é feito?
E quando eu digo profissionais da saúde, não se resume só a médicos e enfermeiros. Falo da tia da limpeza que está dentro do hospital, daquele maqueiro de plantão...
Todo mundo está na linha de frente e precisa receber. Olha o drama que é terceirizar um serviço tão fundamental que é a saúde!
O impressionante é que em meio à pandemia foram tantos escândalos de corrupção... A gente vê que sobra dinheiro pra desvio, mas pra pagar funcionário não?!
Não tem como engolir uma resposta de "Termo de Ajustes de Contas"... O trabalhador tem direito à data e dinheiro na conta! Afinal, eles trabalham para isso.
Se a fonte tá seca, é porque sabemos como secou, tá tudo aí pra quem quiser ver!
O problema maior é saber pra onde essa fonte foi jorrar...
3,2,1... É DEDO NA CARA!