Ninguém tá garantido! Esse é o reflexo de um eleitorado desacreditado, sem aquele voto “clubista” de candidato ou aquele que vai fazer voto útil e aí espera chegar mais perto pra ver no que vai dar. Muita gente me pede opinião do tipo: “Quem é o menos pior?”
Em época de eleição, jornalista, coitado, fica igual médico em pandemia... Todo mundo acha que ele tem a dica certa pra curar tudo. Eu prefiro responder sempre com uma pergunta: “Depende do que você deseja pra cidade. Afinal, o que você deseja?”
Porque é isso que virou a política do Rio. Temos na reta dois já conhecidos do povo... E nunca a população esteve tão insatisfeita. Os dois podem ter tido sim seus méritos, mas não foram o suficiente.
A outra opção, não temos um passado dela no executivo, o que pode até ser uma qualidade, mas diante dos últimos acontecimentos, deixa também o carioca em dúvida. Nunca foi, mas agora tá cada vez mais difícil ser eleitor carioca.
E digo mais... Entre os meus, na redação, vejo o mesmo que nas ruas... Colegas sem aquele posicionamento convicto. Quem fala, resmunga baixo e argumenta logo em seguida a razão do voto. E assim seguimos... Tentando, acreditando, mas principalmente agradecendo termos a oportunidade de escolher... Isso é democracia.
Ao mesmo tempo, muita gente questionava o que a eleição de lá poderia interferir aqui... A realidade é que o que pesa bastante lá, é o que pesa aqui. Uma coisa é ter opinião política, posicionamento e ideais diferentes. Outra coisa é negar a pandemia, ser xenófobo, preconceituoso... Isso não tem lado! Isso é ser uma pessoa do bem ou do mal. E quem legitima a maldade, tende a perder.
Bora colocar o Pingo no I... Que os bons ventos desta eleição consigam circular e levar pra bem longe tudo que há de ruim. Porque a maldade fere, machuca, segrega e principalmente, mata.
A concessionária finalmente começou as obras no local... No dia seguinte! Elas ainda estão em andamento, mas já é alguma coisa! Em breve vai acabar aquele problema de subir e descer a rua pra pegar balde.
“Bom demais saber que esse nosso suplício vai acabar. Principalmente pelo meu pai, que já é idoso. A gente ficava preocupado com os mais velhos carregando peso de balde”, conta Cirilo Neto, que mora no local desde criança.
Aí sim! Que a obra acabe logo por lá... Até porque colocar água na casa da população não é nenhum favor, é obrigação e direito deles.