Homicidio na Freguesia em Jacarepagua,rua Potiguara 100, nesta terça (03)Marcos Porto / Agencia O Dia

“Filho, isso é tiro! É tiro!”

No bang-bang carioca, mais um capítulo.

Quem conta em detalhes é Márcia Pinho, minha colega, jornalista, que começava mais um dia comum de trabalho.

A correria da manhã foi cortada pelo estampido do tiro... Ela abriu a janela e viu o corpo caindo na calçada.

Com mais de trinta anos de experiência, ela correu o olhar por toda cena.

“Um casal paralisou logo atrás da vítima, uma mulher gritava sem parar: ‘Pega ladrão, mataram o moço!’, carros paravam sem entender o que estava acontecendo”.

Tudo registrado por câmeras de segurança, que servem para ilustrar ainda mais a criminalidade com violência do Rio de Janeiro.

Sim, qualquer grande cidade não se livra do crime, mas no Rio a violência vem junto e pesada.

A Polícia, até o fechamento desta coluna, não tinha ainda batido o martelo de roubo seguido de morte ou execução.

Mas independentemente de qualquer rumo das investigações, é surreal uma cena dessa oito e meia da manhã em qualquer lugar, ainda mais numa rua movimentada de um bairro como Jacarepaguá.

A tranquilidade do vagabundo com uma arma em plena luz do do dia, pronto pra fazer qualquer vítima, é assustador.

A Mote de Diego André Lemos, de 34 anos, é a o ilustração nua e crua desse Rio que a gente não quer mais viver!

Os gritos dos vizinhos tentando fazer os primeiros socorros, a mulher gritando “é meu marido, é meu marido...” me choca demais! Imagina para quem viu.

“Anos de cobertura policial não me blindaram do que vi e vivenciei hoje. A poucos metros da minha casa, meu vizinho, poderia ser qualquer um atingido”, desabafa Márcia.

E é isso. Viver no Rio é ficar à flor da pele a todo instante. Ninguém está livre.

É óbvio que em alguns lugares a bomba relógio é maior, mas não há mais oásis na cidade... Tudo parece ser uma eterna chapa quente.
PINGO NO I
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Sobre o caso dos meninos desaparecidos em Belford Roxo... Pra quem ainda não entendeu, eu disse aqui na semana passada e volto a repetir: não é o fim do mistério!

A polícia está sim perto de esclarecer o que aconteceu de fato, mas esse quebra-cabeça só será fechado no momento em que o tal “Piranha”, chefe do tráfico da região, for em cana.

Tem que pegar esse vagabundo para que ele conte efetivamente o que aconteceu! Para que essas famílias consigam seguir suas vidas, se é que isso é possível diante de tanta maldade e covardia.

E o pior: alimentar esperanças muito pequenas, uma possibilidade, é fazer com que elas sofram ainda mais!

Então, bora colocar o Pingo no I...

Pra ter resposta, só com esse cara na cadeia. Já passou da hora de ir atrás dele!
TÁ FEIO!
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É inacreditável que ainda numa pandemia, há mais de 1 ano, a gente veja gente sem máscara pelas ruas.

Ontem, por coincidência, eu passei duas vezes na porta de uma escola lotada de adolescentes em São Cristóvão. Só num grupo de 6 jovens, todos estavam sem máscara. Gente grande, já com entendimento da situação, naquele oba-oba e colocando todo mundo em risco.

Nem as crianças que já voltaram dão tanto mau-exemplo como os já que se consideram adultos! E olha que algumas crianças já retornaram para as salas de aula tem um tempo...

Alô, rapaziada! “Teenagers” dos tik-toks da vida! Bora colocar a máscara, hein! Até pra fazer dancinha.

Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... A noção tá passando longe, e tenho dito!