Por paola.lucas

Niterói - Quando o assunto é vendas na internet, o estado do Rio só fica atrás de São Paulo como principal destino de mercadorias, segundo a última Pesquisa Nacional do Varejo Online feita pelo Sebrae e o E-Commerce Brasil. Por aqui, muitos empresários já perceberam o caminho das pedras e investem no segmento para fugir dos altos custos de manutenção das lojas físicas.

Com a loja física Beatriz fazia apenas showroom de seu Chá de Lingerie%2C hoje já produz eventos completos Divulgação / Flávia Frick

O varejo online ou e-commerce se mostrou a saída ideal para que muitos empresários não abandonassem o barco diante da atual economia. Há seis meses a dona da marca de lingeries Marqueza, Beatriz Marquez, partiu para as vendas nas redes sociais. Sem custos de aluguel e funcionários, hoje ela também investe na produção de Chás de Lingerie. “Além de ampliar os negócios, trabalho de casa e passo mais tempo com meu filho”, conta.

A Marqueza começou com as vendas online via Facebook há seis meses. Reprodução Internet


Marco Quintarelli é consultor de varejo e acredita no potencial dessa migração para o online. Para o especialista, esse é um bom caminho para reduzir custos e investir em novas formas de conquistar os clientes. “Além de seu natural crescimento, é previsto um aumento de 100% até 2017 nas vendas online”, revela Quintarelli.

Uma das sócias da marca feminina Laiah, a estilista Carina Franco aproveitou os cinco anos que atuou em uma loja física como um laboratório para o mercado. Ao abrir sua própria marca, optou direto para o mundo virtual. “Não acredito no fim das lojas físicas, mas as pequenas marcas tendem a migrar para o e-commerce. Você consegue vender para o mundo inteiro!”, destaca.

Diferente da Beatriz, Carina apostou na contratação de seis representantes da marca que levam as peças até a casa das clientes. “Trabalho com um material mais rico em qualidade. Cetim, crepe… Minhas clientes gostam desse tipo de tratamento”, explica a estilista.

Economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, Aloísio Campelo não vê expectativas de melhora para o varejo tradicional esse ano. E ele destaca que a venda online ainda precisa de alguns investimentos. Aloísio aposta em melhorias como padronização, logística na entrega e devolução e marketing.

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