Museu Ciência e Vida quando funcionava normalmente, antes do período de isolamento social, atraía cerca de 3.500 visitantes mensalmente. Dentre os frequentadores, estão alunos e moradores da região - FOTOS Armando Paiva
Museu Ciência e Vida quando funcionava normalmente, antes do período de isolamento social, atraía cerca de 3.500 visitantes mensalmente. Dentre os frequentadores, estão alunos e moradores da regiãoFOTOS Armando Paiva
Por O Dia

Há uma semana, o incêndio no Museu Nacional trouxe comoção e um alerta: é preciso cuidar e valorizar os museus. Na Baixada, estão abertos ao público quatro opções. A maioria ainda é pouco conhecido ou visitado. 

A maior parte dos museus da região ficam em Duque de Caxias: O Museu Ciência e Vida, o Museu Vivo do São Bento e o Museu Histórico do Duque de Caxias e da Taquara. 

O Museu Histórico do Duque de Caxias fica, desde 1972, no lugar que foi sede da Fazenda São Paulo, berço do Patrono da Cidade e do Exército, Marechal Luiz Alves de Lima e Silva. Fica à beira do caminho que ligava o Porto de Estrela ao Porto do Pilar, importantes pontos de escoamento de ouro para a Corte.

No local há exposição de peças de armas da época, usadas pelo marechal, e de utensílios domésticos de sua família. Além disso, há exposições sobre a história do patrono e outra permanente, que traz o acervo de 200 itens arqueológico. Pouco conhecido, o museu recebe 50 a 120 pessoas por mês. "Temos uma área que utilização pública e tem grande valor paisagístico, arqueológico e beleza natural", diz Uhelinton Viana, diretor do espaço.

O Museu Vivo do São Bento é um Ecopercurso guiado, que foi criado em 2008. Fica em um sítio arqueológico de população sambaquiana, em uma fazenda. O visitante passa por fragmentos da história, em um percurso que dura duas horas.

Um dos mais conhecidos da região, o Museu Ciência e Vida recebe em média 3 mil visitantes mensalmente. Inaugurado em 2010, tem exposições, oficinas e um Planetário que encanta crianças e adultos. "Eu amei tudo, principalmente o planetário. Quero voltar outra vez", disse empolgado, o estudante Arthur Pietro, de 9 anos. 

Apesar da frequência de visitantes, a diretora do museu acredita que falta incorporar este hábito no cotidiano. "É uma questão cultural que precisa ser trabalhada. Quem vem gosta e costuma voltar. Por isso, estamos sempre colocando coisas diferentes para atrair o público", afirma Mônica Santos Dahmouche, 51.

Já na antiga casa sede da fazenda Barreira do Soberbo, no Parque Nacional de Serra dos Órgãos, em Guapimirim, fica um Museu Von Martius, uma homenagem ao botânico e naturalista alemão Friedrich Philipp Von Martius. Um dos membros da missão científica enviada ao Brasil pelos governos bávaro e austríaco, em 1817, ele percorreu diversas regiões brasileiras a cavalo, durante três anos, até se hospedar na fazenda do Soberbo. Incorporada ao patrimônio ambiental da União em 1939, quando foi criado o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, a sede da fazenda mantém a exposição permanente Flora Brasiliens, uma mostra sobre as pesquisas do botânico. A visitação vale a pena.

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