Ainda este ano, a ultramaratonista Karine Thames quer competir no Deserto do Atacama e na França - Divulgação
Ainda este ano, a ultramaratonista Karine Thames quer competir no Deserto do Atacama e na FrançaDivulgação
Por O Dia

A ultramaratonista de Nilópolis, Karine Thames, 41, está buscando lugares mais altos. Depois da última vitória numa prova que durou 72 horas, em Minas Gerais, a atleta enfrenta hoje um novo desafio: percorrer 100km em uma competição que pode durar até 24h. A disputa será entre 300 competidores.

A prova será realizada dentro do Parque Nacional de Itatiaia e Parque Estadual da Pedra Selada. A largada está prevista para Rodovia Sebastião Alves do Nascimento, em Resende, na divisa com Itamonte (MG). A chegada será em Mauá, na sede do Parque Estadual da Pedra Selada.

"Durante as provas há momentos de altos e baixos, mas nunca pensei em desistir. Sou muito focada e me preparo muito para cada competição", afirma Karine.

TROFÉUS

Os cinco primeiros colocados de cada categoria receberão troféus e terão pontuação para o Ultra Trail do Mont Blanc, na França, considerada a "Copa do Mundo" das corridas de montanha.

O sonho da ultramaratonista é competir no Deserto do Atacama, em setembro de 2019 e depois partir para a França. "A cada prova eu me sinto outra pessoa, porque é sempre uma nova superação".

No deserto de Atacama ela terá que superar 200km sobre desertos de areia e de gelo.

A prova mais longa que já correu foi de 400km, no Rio Grande do Sul, quando ficou em segundo lugar. 

FALTA INCENTIVO

Apesar do excelente desempenho, Karine reclama da falta de incentivo aos atletas. "O Brasil ainda é o país do futebol, mas os outros vêm ganhando corpo e espaço no cenário atual. O Atletismo vem a passos lentos e com poucos incentivos. A corrida de rua, por exemplo, está crescendo a cada dia, com muitos adeptos. A ultramaratona, nesse contexto, é uma modalidade que requer muitas horas de treino, o que representa uma dificuldade maior no número de atletas. É preciso que o governo federal possa incentivar nossos atletas com patrocínios, logística de marketing e planejamento em geral", critica.

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