Rio de Janeiro - RJ  - 30/04/2019 - policia - Operaçao policial retira Waguinho do cargo de prefeito de Belford Roxo - na foto, Jeferson Ricardo Silva dos Santos mostra seu descontentamento na recepçao do Hospital Municipal de Belford Roxo - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 30/04/2019 - policia - Operaçao policial retira Waguinho do cargo de prefeito de Belford Roxo - na foto, Jeferson Ricardo Silva dos Santos mostra seu descontentamento na recepçao do Hospital Municipal de Belford Roxo - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Pouco mais de uma semana após assumir o cargo, o novo prefeito de Belford Roxo, Marcinho Bombeiro (PSL), tem velhos problemas para resolver pela frente. Unidades de saúde lotadas, pagamentos atrasados e falta de infraestrutura são alguns dos desafios.

No Hospital Municipal de Belford Roxo, o Hospital do Joca, a recepção está sempre lotada. Segundo os pacientes, ainda fazem parte da rotina a falta de médicos e a carência de material básico na unidade. 

"Cheguei às 6h da manhã, e a recepcionista me disse que não tinha médico. Voltei para casa sentindo fortes dores na cabeça. Hoje, retornei e espero ser atendido", conta o mecânico Jefferson Ricardo Silva dos Santos, 32. 

"A saúde de Belford Roxo é muito precária. Nascida e criada aqui na cidade, eu nunca vi uma gestão que se preocupasse com os moradores e com o município", criticou a dona de casa Elizabeth Cássia, 58.

E não é só isso. Muitos moradores reclamam da educação na cidade. "Falta uniforme para as crianças. Merenda? Tem dia que as escolas servem só biscoito seco com suco. Essa é a refeição principal de muitas crianças", conta uma mãe que não quis se identificar.

O 'quebra-quebra' que Waguinho, o prefeito afastado, deixou na cidade é motivo de indignação. Nos bairros da Prata, Roseiral, Areia Branca, Santa Amélia e até no Centro, é possível ver praças com obras inacabadas. Na Joaquim Batista, no Centro, os pedestres têm que passar entre os entulhos. "Essa praça era bonita e não tinha necessidade de ser quebrada. É importante quebrar e refazer, o que não pode acontecer são obras que começam e não terminam", reclama a aposentada Teodolinda Lima, 72.

Os salários também estão atrasados. Os meses de outubro, novembro, dezembro e o 13º salário de 2018 dos servidores ativos e inativos não foram pagos.

Em entrevista ao jornal O DIA, Marcinho Bombeiro disse que, em relação a pagamentos, é preciso ver o impacto na folha, mas garantiu que vai acertar a situação, embora não estabeleça um prazo. "É direito deles, nós vamos pagar. Mas é uma coisa que a gente vai ver mais para o futuro. Hoje, a prioridade é saúde, educação e asfalto. Então, eu vou sentar com o Ministério Público para ver como tocarei as coisas, assim como farei com secretários para ver os problemas que vamos enfrentar".

Apesar das reclamações de pacientes, Marcinho disse ainda que a saúde no município funciona bem. "O problema é que muitas pessoas vêm de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, então fica sobrecarregado. Vamos avaliar e, se tiver que melhorar e contratar médicos, faremos". 

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