Por O Dia

Hoje, o Dia Internacional da Mulher será comemorado com a 1ª Roda de Samba das Mulheres Iguaçuanas, no bairro K11. O evento é um marco na cidade e tem o objetivo de fortalecer os movimentos femininos, além de trazer um alerta para o combate à violência contra a mulher na Baixada Fluminense.

Poesias, música e homenagens vão dar o tom da festa. As cantoras Raquel Lopes, Nathalia Negresco, Priscila Gouvêa e Will Barros serão as responsáveis pela roda de samba. 

O estilo musical escolhido para o evento converge com a temática defendida por essas mulheres: são símbolos de resistência. 

"A mulher, o artista, a mulher artista e ainda mãe, como eu, enfrenta diversas resistências. Muitas vezes sou olhada de forma diferente, com preconceito, e precisamos mudar isso. Eu canto desde os 3 anos, mas canto samba há quase dois anos, um estilo musical de predominância masculina. Este ano fui uma das cantoras da Inocentes de Belford Roxo e eu era a única mulher no meio de sete homens. Isso é um sinal de que ainda temos muito a desbravar. Esse evento vai dar visibilidade a mulheres desbravadoras que viraram exemplos para outras", afirma Priscila, que vai abrir a apresentação.

O projeto nasceu da percepção de Michele Pessanha e Márcia Dias, ambas de 40 anos, organizadoras do evento, de que a região possui uma carência de eventos culturais e de iniciativas para causas femininas.

Além de música e poesia, mulheres acima de 60 anos, figuras marcantes no bairro, vão receber homenagens. No dia do evento haverá também uma campanha de doação de leite em pó, para ser repassado posteriormente a instituições que atendam mulheres e crianças que se encontram em situação de vulnerabilidade social. A roda de samba começará às 13h, na Praça do K11.

"Mais do que nunca precisamos estar atuantes dentro da sociedade e ocupar os lugares públicos para grandes e pequenos eventos culturais, e falar sobre a violência contra a mulher, violência doméstica, sobrecarga do trabalho da mulher, dentre outros assuntos, que nos últimos meses vêm crescendo abusivamente. Queremos que as mulheres se encorajem, falem, reivindiquem", alerta Michele.

Você pode gostar
Comentários