O Dia da Baixada foi criado pela Lei Estadual 3.822, em maio de 2002. A data é uma homenagem à primeira ferrovia do Brasil, ligando a Estação de Guia de Pacobaíba (Estação Mauá) até Magé. A Estrada de Ferro, construída por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, foi inaugurada em 30 de abril de 1854.
Foi a partir da ferrovia que vieram os avanços na região e a produção agrícola e até as pessoas passaram a usar os trens.
Fechada desde 1962, a estação segue desativada. Muitos moradores pedem a reativação do local com a criação de um trem turístico, ligando a praia de Mauá a Inhomirim. Em julho do ano passado, o governador Wilson Witzel anunciou a reativação das barcas em Magé, saindo de Mauá até a Praça Quinze. O projeto não tem previsão para sair do papel.
DESEJOS DOS MORADORES
Desde que a data passou a ser comemorada, o Dia da Baixada Fluminense é marcado de programações culturais. Com a pandemia do coronavírus, as celebrações foram suspensas. Sem muito a comemorar, restou apenas para os moradores da região votos de dias melhores.
"Eu espero que todas as cidades consigam atender a população e que saiamos dessa sem grandes perdas", disse Arlene Souza, 59, de N. Iguaçu.
Já Paulo Lima, 36, que mora em Mesquita, está preocupado com a economia. "Espero que o comércio e a economia local voltem a funcionar normalmente. A região depende disso".
A cultura também sofre com a pandemia. "Os artistas estão em uma situação difícil com apresentações canceladas. Gostaria que autoridades da região fizessem algo por nós", pede o produtor e ator Fabio Mateus, morador de Nilópolis.
