Cláudia Sobral aguarda vaga na UTI do Adão Pereira Nunes - Reprodução
Cláudia Sobral aguarda vaga na UTI do Adão Pereira NunesReprodução
Por O Dia

Por falta de leitos na rede estadual para o tratamento da covid-19, pacientes estão agonizando em cadeiras das unidades de saúde. Com o hospital de campanha de Duque de Caxias ainda em construção, o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, está superlotado.

A atendente de telemarketing Cláudia Diogo Sobral, 52, está internada em estado grave na unidade. Ela espera sentada em uma cadeira, junto com dezenas de pacientes infectados com o coronavírus por uma vaga em uma UTI.

Moradora de São João de Meriti, há mais de duas semanas ela começou a sentir dores de cabeça, no corpo, tosse e febre. Cláudia, que tem diabetes e é cardíaca, foi primeiramente na Unidade de Pronto-Atendimento Juscelino kubitschek, em Nilópolis. Diagnosticada com uma virose e com taxa de glicose alta, ela foi medicada e liberada. Após a situação piorar, foi para uma clínica particular em Meriti.

Na última segunda-feira, Cláudia foi levada pela família para o Polo de Atendimento de Coronavírus, em Mesquita, e lá foi constatada a doença. A família assinou um termo e levou a paciente para o Hospital Adão Pereira Nunes. Depois de mais de 12 horas de espera ela foi internada.

"Não pudemos mais acompanhá-la. Soube por um funcionário que ela estava na emergência, sentada em uma cadeira. O Adão Pereira Nunes está um caos. Minha cunhada está com 50% do pulmão comprometido. É desumano", desabafa Regiane Sobral. 

A Secretaria de Estado de Saúde não se pronunciou sobre a situação.

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