Fiscais de Duque de Caxias interditam academias por descumprimento do decreto 
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Fiscais de Duque de Caxias interditam academias por descumprimento do decreto Divulgação
Por Aline Cavalcante

O presidente Jair Bolsonaro publicou um decreto, na última segunda-feira (11), incluindo atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de "serviços essenciais". Isso significa que, no entendimento do governo federal, as atividades podem ser mantidas mesmo durante a pandemia do coronavírus. A decisão que gerou polêmica não deve valer nos dois municípios da Baixada Fluminense que têm o maior número de casos de coronavírus.

Em Duque de Caxias, o prefeito Washington Reis se mostrou contrário a esta decisão. Ontem, duas academias de ginástica, que ficam no Centro da cidade, foram interditadas por fiscais da força-tarefa da prefeitura. A medida faz parte das ações determinadas pelo município para evitar a propagação do novo coronavírus.

A prefeitura ampliou ainda e manteve as medidas restritivas até 31 de maio. Estão autorizados a funcionar supermercados, loterias, bancos, farmácias, lojas de material de construção, de tecido (apenas meia porta) e higiene pessoal. Nesses locais, os funcionários são obrigados a usar máscara de proteção e os clientes só podem entrar no estabelecimento usando a mesma proteção individual.

Em Nova Iguaçu, o prefeito Rogerio Lisboa optou também em não permitir o funcionamento dos novos serviços considerados essenciais pelo decreto presidencial.

"Decidimos manter o fechamento das academias, barbearias e dos salões de beleza porque o nível de contaminação nessa região da Baixada Fluminense continua muito alto", disse Lisboa.

Medida dividiu opiniões nas ruas

As prefeituras terem mantido as restrições à abertura de barbearias, salões e academias dividiu a opinião de quem trabalha nestes setores. Para o treinador físico Caio Portela,32, de N. Iguaçu, a decisão foi correta. "Não é momento de reabrir. Do ponto de vista financeiro seria bom, mas a prioridade é salvar vidas e não temos uma estrutura de saúde que suporte um aumento de casos".

Para o empresário Caetano Camardella, 34, dono de barbearias em Caxias e N. Iguaçu, a situação é complicada. "Não acho que deva abrir agora, mas se meus concorrentes abrirem, eu me vejo obrigado a abrir também". Já a cabeleireira Sonia Regina, 44, quer a reabertura dos salões. "Eu preciso me sustentar. Acredito que tomando alguns cuidados dá para voltar a funcionar".
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