Na sala de espera do Hospital Juscelino kubitschek, em Nilópolis, é preciso muita paciência e persistência para conseguir atendimento. Meire de Campos, de 46 anos, aguardou um pouco mais de 6 horas para que o tio dela, Silvio Roberto, de 72 anos, fosse atendido. Enquanto na unidade, que fica no Centro, há uma longa espera, a estrutura onde funcionava a UPA de Cabuís permanece fechada desde 2016.
"Cheguei ao hospital às 9h da manhã com meu tio sentindo dores abdominais e vomitando. Ele tem 72 anos, é prioridade e além disso faz parte do grupo de risco do coronavírus. Tanto tempo aguardando atendimento deixa ele mais exposto. E o pior é que ninguém explica a demora para o atendimento. Isso é um absurdo, é revoltante. A Saúde em Nilópolis está precária, estamos largados", reclama Meire.
Outro morador da região, que não quis se identificar, reclamou da situação. "É uma humilhação. A gente chega procurando atendimento, passando mal e ficamos horas esperando. É uma falta de respeito".
ENTRAVES
As obras começaram em 2014 e a situação do hospital vem se arrastando. Reinaugurado em 2016, sem ser concluído, permanece inacabado até hoje e tem funcionado como Unidade de Pronto Atendimento 24h, transferida do bairro Cabuís, que está fechada desde então.
Ao que tudo indica, as obras devem ser retomadas, já que a prefeitura publicou edital convocando empresas até o dia 18 de junho para apresentarem propostas.
UPA CABUÍS
Fechada para reformas desde 2016, até hoje nada foi feito na UPA de Cabuís. O local está abandonado e moradores da localidade reclamam da falta de uma unidade de saúde no bairro. "A gente tem que ir até outros bairros quando a UPA daqui (Cabuís) podia estar funcionando. Enquanto isso, as outras unidades de saúde ficam cheias. Todo ano prometem que vão fazer obra e reabrir, principalmente perto das eleições, mas até agora nada foi feito", relata Jaime Teixeira de Oliveira, 54.
A prefeitura e a secretaria estadual de Saúde não responderam sobre problemas no hospital e fechamento da UPA até o fechamento da edição.