Com a flexibilização do comércio, no calçadão de Nova Iguaçu a movimentação de pessoas é grande. Maioria usa máscara, mas muitos se arriscam sem proteção - Cléber Mendes
Com a flexibilização do comércio, no calçadão de Nova Iguaçu a movimentação de pessoas é grande. Maioria usa máscara, mas muitos se arriscam sem proteçãoCléber Mendes
Por O Dia

Até o dia 30 de junho, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio, a Baixada Fluminense registrou 17.234 casos confirmados de coronavírus e 1.685 mortos. Com base nesses dados, O DIA fez um levantamento do número de pessoas que testaram positivo para a doença e de mortos na região nos últimos três meses (abril, maio e junho). Em abril, os casos confirmados eram 1.592. Em maio houve crescimento de 329% em relação ao anterior. Em junho, a alta foi de 52% em relação ao mês anterior e de 553% se comparado com o mês de abril. Foram 10.403 novos casos, uma média de 13 pessoas por hora.

Os municípios que mais aumentaram os casos confirmados, em porcentagem, no mês de maio, foram Guapimirim (2680%), Queimados (1770%), Seropédica (1570%), Paracambi (787%), Itaguaí (697%) e Magé (547%). 

No mês de junho, Queimados (passou de 935 para 695) e Paracambi (de 213 foi para 141) foram as únicas cidades que registraram queda no número de casos, em relação ao mês anterior. Uma diminuição de 25% e 33%, respectivamente. O ranking de casos da doença é liderado por Caxias (2003), Nova Iguaçu (1868), Magé (1053), Itaguaí (1029), São João de Meriti (970) e Belford Roxo (882). 

Em percentual, os municípios que mais registraram crescimento de casos confirmados em junho (comparando com o mês anterior) foram: Itaguaí (214%), Guapimirim (151%), Nilópolis (87%), Magé (85%), Duque de Caxias (80%), Belford Roxo (61%) e Seropédica (60%).

Mortes por coronavírus

Em abril, a região registrou 171 casos fatais de covid-19. Em maio, foram 742, um crescimento de 333%. Já em junho, o número de vítimas passou para 943, um aumento de 27% em relação ao mês anterior.

O maior crescimento registrado em maio foi em Magé, que passou de 5 mortes para 84 (1580% a mais), seguida de Belford Roxo (810%), Guapimirim e Itaguaí (com 700%), Paracambi (450%), Nilópolis (416%) e Nova Iguaçu (320%).

Já no mês de junho, o crescimento do número de mortes desacelerou, se comparado ao mês anterior, exceto em Seropédica. Alguns município chegaram a reduzir o percentual de casos fatais. Magé teve queda de 42%, Itaguaí de 7,5% e Belford Roxo de 5%.

 

Casa Fluminense pede mais transparência
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Para Douglas Almeida, coordenador de mobilização da Casa Fluminense, falta transparência das prefeituras no combate à covid-19. "Vemos muitas informações superficiais e algumas prefeituras não respondem solicitações de informação feitas pelas organizações da sociedade civil".
Outro ponto que ele levanta, é o baixo número de testes. "Se a testagem aumentar é provável que aumente mais o número de casos. Isso é importante pra sabermos a real situação e entendermos melhor como é feita a flexibilização do comércio, que temo que seja por articulações políticas. Além disso, mesmo quando a maioria das cidades tinha decretos que proibiam várias atividades, vimos pouca fiscalização e bastante gente circulando nas ruas".
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Douglas faz um alerta: "É importante ressaltar que mesmo que os casos diminuam é preciso continuar seguindo recomendações da OMS".
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Novas fases de flexibilização
Feiras livres de Queimados estão autorizadas a funcionar
Feiras livres de Queimados estão autorizadas a funcionar Divulgação
A Prefeitura de Belford Roxo e de Queimados iniciaram nova fase de flexibilização do comércio. Já pode funcionar: academias, centros de ginástica, estúdios de personal training, estúdios de pilates, centros de treinamento funcional, centros de treinamento de crossfit, centros de treinamento de lutas e estabelecimentos similares, que poderão funcionar com práticas individuais seguindo alguns cuidados. Nas academias, as aulas coletivas continuam proibidas.
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Em Queimados, as feiras livres da Rua Professor Avelino Xanxão e da Praça Nossa Senhora da Conceição, funcionarão até às 12h.  Além disso, estão liberados o comércios de rua (limitado à capacidade simultânea de 4 metros² por pessoa), salões de beleza, tatuadores e serviços de estética (uma pessoa por vez e com hora marcada), atividades religiosas (com capacidade total de 30% do espaço) e aulas práticas das autoescolas (um aluno por vez). Os serviços oferecidos por clínicas, laboratórios e estabelecimentos ligados à saúde, bem como o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e Especializadas (com agendamento prévio) também podem funcionar.
Para esses locais funcionarem a ocupação dos estabelecimentos deverá se dar na proporção de um aluno para cada 4 m² e os horários de treinamento deverão ser pré-agendados. Além disso, devem efetuar o controle diário da temperatura dos funcionários e alunos, instrutores devem manter distância mínima de 2 (dois) metros dos alunos; higienizar, entre um atendimento e outro, as superfícies de toque frequentes (mesas, equipamentos, aparelhos, colchonetes, etc.). O uso de máscara para funcionários, clientes e alunos continua obrigatório, assim como disponibilizar sabonete líquido, álcool em gel e papel toalha descartável .
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