De um modo geral, o mercado imobiliário vinha em uma curva ascendente no último trimestre de 2019 e primeiro trimestre de 2020. A chegada da pandemia freou o setor que precisou segurar alguns lançamentos que estavam previstos. Algumas construtoras que atuam na Baixada Fluminense aproveitaram a ocasião para focar em seus estoques dando ao cliente condições especiais de negociação.
A construtora Jeronimo da Veiga acredita que o cenário é favorável para venda de unidades residenciais e comerciais. Entre os benefícios oferecidos ao comprador está a possibilidade de parcelamento da entrada em até 60 vezes e ITBI (Imposto de Transmissão de Bens e Imóveis) e RGI (Registro Geral de Imóvel) pagos pela própria empresa.
"O mercado imobiliário na cidade do Rio ainda enfrenta dificuldades, mas o cenário não é o mesmo na Baixada Fluminense. Nova Iguaçu, por exemplo, é considerada uma das cidades mais prósperas da região, temos imóveis de alto e médio padrão e também Minha Casa, Minha Vida. Há opções para todos os públicos com condições muito favoráveis", revela Mauricio Correa, diretor comercial da Jeronimo da Veiga.
Cohen afirma ainda que as vendas durante os meses da pandemia não sofreram queda. "Conseguimos nos manter. Acredito que a Baixada Fluminense tenha sofrido bem menos impacto no setor que a cidade do Rio, tanto que temos um lançamento agendado para novembro e vamos manter".
A Visione também adotou estratégias para conquistar o cliente. Em dois condomínios de Nova Iguaçu, o cliente ganha RGI e ITBI já pagos. Em um deles, a taxa de condomínio sai gratuita durante ano.
Na contramão da maioria, grandes construtoras arriscaram novos lançamentos. A MRV lançou um condomínio residencial em Nova Iguaçu pelo Minha Casa Minha Vida. A Cury se prepara para mais um lançamento, neste fim de semana, no bairro da Prata. Acreditando no produto, a Diferente Inob também abriu venda para salas comerciais, em Nilópolis. "Havia uma escassez na cidade de um prédio com sala de convenção, sala de reuniões, academia e toda a estrutura", afirma o CEO Tales Rocha.
Crescimento de Vendas
Mesmo em meio à pandemia, a I.nova Imobiliária registrou, em maio, alta de 23% e de 34% em junho, em relação ao ano passado. Desse total, 40% corresponde a vendas na Baixada Fluminense. "Nos meses de março e abril vínhamos bem, mas maio e junho foi excepcional. Motivados pelas ofertas das construtoras e na busca do bem-estar, quem pensava em comprar um imóvel se encorajou na pandemia. Este bom desempenho do setor trouxe às empresas segurança para investir", acredita Delmo Simões, CEO da imobiliária.