Larissa de Melo da Silva é estudante do 6º período de veterinária e mora em Duque de Caxias - Arquivo Pessoal
Larissa de Melo da Silva é estudante do 6º período de veterinária e mora em Duque de CaxiasArquivo Pessoal
Por O Dia

O Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) começará a desenvolver um projeto de análise de estruturas do pulmão do primata macaco-de-cheiro, a fim de conseguir avanços nos estudos e tratamentos para a covid-19. E no meio desse grupo de pesquisa, formado por sete pessoas, está a aluna do 6º período de veterinária da Unigranrio de Duque de Caxias, Larissa de Melo da Silva, 21. 

"Eu sempre quis fazer uma iniciação científica pela experiência que ela proporciona de poder lidar com essa parte prática da produção do projeto em si. Eu já estava há dois anos tentando fazer essa iniciação, mas ainda não tinha tido oportunidade. Estou muito feliz em fazer parte desse projeto. Nesse cenário delicado de pandemia poder, de alguma forma, contribuir para estudos futuros me deixa muito feliz", conclui.

O estudo propõe analisar as células pulmonares do animal e descobrir se elas apresentam a enzima ACE2. Quando o vírus causador da covid-19 entra no organismo humano, ele utiliza essa enzima como "porta de entrada", dando assim início a infecção pela doença. Os pesquisadores estão estudando se os macacos-de-cheiro têm a ACE2 e se ela de comporta da mesma forma que nos humanos. "É uma maneira de avaliar a potencialidade de replicação do vírus nesse modelo animal para os estudos da Covid-19", destacou a veterinária e chefe da Coordenação de Pesquisa e Experimentação Animal (CPEA/ICTB), Márcia Andrade.

A coordenadora da pesquisa ressalta e relevância do estudo e destaca os pontos positivos de avanços nessa área. "A determinação de um novo modelo animal para estratégias imunológicas e terapêuticas acerca do coronavírus representa uma inestimável contribuição para a ciência, fornecendo subsídios para pesquisas que envolvem infecção experimental do SARS-Cov-2, como testes vacinais e de drogas anti-Covid-19".

A Organização Mundial da Saúde considera o macaco-de-cheiro como um biomodelo adequado para pesquisas científicas sobre a Malária, por exemplo. Por ser de pequeno porte e de fácil manejo, esse animal poderia servir de parâmetro também nos casos de covid-19. No momento, está sendo realizado um levantamento bibliográfico e dos materiais necessários. Ao longo de agosto as pesquisas serão iniciadas. 

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