Família de jornalista morta prepara dossiê para processar clínica
Eloisa Leandro teve tromboembolia pulmonar após se submeter a uma abdominoplastia na clínica Rio Day, na Tijuca
Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - Marcelo Leandro da Silva, irmão da jornalista Eloisa Leandro, 40 anos, morta no último dia 9 por tromboembolia pulmonar após se submeter a uma abdominoplastia na clínica Rio Day, na Tijuca, prepara um dossiê para entrar na justiça contra a médica Leizi Regina Barreto da Silva, que teria realizado o procedimento. A ocorrência foi registrada alguns dias após a morte da jornalista na 19ª DP (Tijuca), cujos agentes informam que ouvirão os envolvidos e solicitarão documentações como alvará de funcionamento e licenças da vigilância sanitária. Eloisa foi enterrada no dia 11, no cemitério Parque da Paz.
Formada pela faculdade Estácio em 2005, Eloisa atuou em redações de jornais diários como Jornal do Brasil, O Fluminense, A Tribuna e O São Gonçalo, em assessorias de comunicação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), do Consulado da Venezuela e do Consórcio Teroni, do Terminal Rodoviário João Goulart, além do Comitê Rio 2016. Após a morte da mãe, há dois anos, ela se dedicava a cuidar do pai, doente do Mal de Alzheimer, com quem atualmente morava no Anil, em Jacarepaguá.
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A vida da jornalista foi marcada pela luta por justiça à morte do filho Victor Hugo da Silva Braga, assassinado em 4 de julho de 2011, aos 15 anos de idade, em frente ao condomínio onde morava no bairro Raul Veiga. Ele voltava de uma lanchonete com amigos quando o grupo foi abordado por homens num Palio prata. O estudante e o amigo Eduardo Evangelista Alberto foram atingidos por disparos. Ambos foram levados para o Hospital Estadual Alberto Torres, mas Victor Hugo já chegou morto à unidade. Dos dois assassinos, um está preso e o outro foragido.