As perguntas mais frequentes de vereadores e público em geral foram relacionadas à quantidade de doses de vacina, público-alvo e cronograma
As perguntas mais frequentes de vereadores e público em geral foram relacionadas à quantidade de doses de vacina, público-alvo e cronograma Divulgação
Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - Durante audiência pública na Câmara Municipal, o secretário de Saúde, André Carvalho Vargas, tirou dúvidas e fez esclarecimentos sobre a vacinação contra o coronavírus na cidade. As perguntas mais frequentes de vereadores e público em geral (presente na galerias populares) foram relacionadas à quantidade de doses de vacina, público-alvo e cronograma. Ao lado da coordenadora de imunização, Jackeline Passos, e da subsecretária de Atenção Básica, Dora Rodrigues, o médico e responsável pela pasta ressaltou que São Gonçalo segue o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, que distribui o imunizante.
"As doses são enviadas para o estado do Rio pelo Ministério da Saúde. O Governo do Estado divide a quantidade de doses entre as cidades, dependendo do público a ser vacinado. São Gonçalo busca e obedece o que está no PNI. Estou aqui para fazer o que é melhor para a população gonçalense, dentro do que está ao meu alcance, mas respeitando as leis”, afirmou o secretário sobre a logística da vacina. "Ainda não temos condições de vacinar toda a população. As doses chegam aos poucos e com a ordem dos públicos prioritários. Por isso, é muito importante que a população colabore mantendo o distanciamento, usando máscara, lavando as mãos e usando álcool em gel".
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Outro ponto observado pelo secretário foi sobre a divulgação da campanha e do público-alvo, que é feita diariamente pelo site e redes sociais do Executivo, além de noticiado pelos veículos de imprensa locais. "O reduzido número de vacinas enviadas ao município, sem previsão das datas de envio, inviabiliza a criação de um calendário pré-definido de vacinação abrangente", explicou.
O vereador Romário Régis ressaltou a imagem negativa do município em âmbito nacional, em decorrência dos noticiários televisivos destacarem a maneira desorganizada como o serviço de vacinação estava sendo prestado pela Secretaria Municipal de Saúde. André Vargas acusou a Rede Globo de Televisão de má fé nas reportagens, que teriam distorcido os fatos referentes à vacinação no município, e ratificou que as informações verdadeiras podem ser encontradas no site e nas redes sociais da Prefeitura.
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"Os idosos, majoritariamente, não costumam usar as redes sociais e buscam a TV para obter informações. A Rede Globo, que presta um desserviço à população, tem distorcido fatos e creditado a nós falhas em serviços de vacinação que estão ocorrendo em municípios vizinhos. Teve um dia em que eles anunciaram às 6h30, no programa Bom Dia RJ, que iríamos aplicar vacina em idosos a partir dos 73 anos. Mentiram! Sabiam que a referida vacina era para pessoas com 83 anos. Imediatamente, entramos em contato com a emissora e pedimos que reportassem a verdade, pois a notícia infundada estava causando problemas em nosso atendimento. Eles fizeram isso, porém somente às 8h30, no final do programa, quando o entorno do posto de vacinação já estava tomado de pessoas induzidas ao erro”, detonou o secretário.
Quando questionado pelo vereador Professor Josemar sobre os transtornos causados nos postos em decorrência da falta de controle sobre a territorialidade, Vargas alegou legalidade em aplicar em um primeiro momento o imunizante sob critério de público-alvo prioritário e não por municipalidade. "No primeiro momento da vacinação, nós não fizemos restrição territorial por dois motivos. Primeiro, porque o SUS, que custeou a compra dessas vacinas, não restringe usuários. Segundo, porque que acreditávamos que as pessoas que residem em outros municípios optariam por serem atendidas em suas respectivas cidades, daí não exigíamos comprovante de residência. Com a migração dessa gente, nossa demanda aumentou e o serviço de vacinação foi comprometido. Quando percebemos isso, mudamos imediatamente nosso plano”, esclareceu.
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Sobre a aquisição de vacinas, Dr. André esclareceu que elas ainda não estão à venda e nem têm preço. “Esse mercado ainda não existe. Nenhuma cidade pagou pelas doses. Quando a vacina estiver disponível para venda e tiver orçamento, nossa Prefeitura poderá comprar. No entanto, as vacinas ainda são exclusividade do Governo Federal. Precisamos da conscientização e respeito de todos”, disse.
Atualmente, a cidade vacina, com a primeira dose, idosos com mais de 80 anos e profissionais da saúde com mais de 60 anos que trabalham em hospitais da cidade ou que moram em São Gonçalo e atuam em hospitais de outros municípios. Com a segunda dose de CoronaVac, a cidade imuniza idosos e profissionais da saúde que completaram 21 dias de vacinados. Também recebem a segunda dose, em seus locais de trabalho e residências, os trabalhadores da saúde que atuam em hospitais e postos da linha de frente da covid-19 e idosos em instituição de longa permanência (Ilpis) e residências terapêuticas.