Trabalhadores de 30 companhias dos municípios de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Maricá e Tanguá foram convocados para as discussõesDivulgação

Rodoviários de cinco empresas aprovaram, nesta segunda-feira (27/9), em assembleia, uma proposta de reajuste salarial de 10% e aumento de 20% nas demais cláusulas econômicas do contrato de trabalho com as empresas de ônibus, além de R$ 400 para o valor da cesta básica e uma comissão de 2% para os motoristas que acumulam a função de cobradores.
Com a decisão, os trabalhadores subiram o tom nas negociações com os patrões, que já estavam irredutíveis em aceitar 8% de reajuste salarial, propostos anteriormente. Os novos valores devem ser consolidados após 1º de novembro, data-base da categoria. No entanto, uma greve ainda não foi colocada para votação.
Votaram no primeiro dia da série de assembleias, realizadas na sede social do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), 153 trabalhadores das empresas Galo Branco, Estrela, Nossa Senhora do Amparo, 1001 e Opção. Deste total, 119 aprovaram o encaminhamento da nova proposta para a classe patronal.
Nesta terça-feira (28/9), será a vez dos rodoviários das empresas Auto Ônibus Alcântara S.A, Icaraí Auto Transportes S.A, Auto Viação ABC S.A, Viação Mauá S.A., participarem da assembleia. As deliberações, que acontecerão até 1º de outubro, foram divididas em grupos de empresas e em dois turnos, pela manhã e à tarde, para evitar aglomerações. O uso de máscara de proteção é obrigatório.
Trabalhadores de 30 companhias dos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá foram convocados para as discussões. As cláusulas econômicas indicadas na proposta dos trabalhadores são as de hora-refeição e auxílio-uniforme. Também está inserida nas negociações da categoria a instalação de cofres nos pontos finais de maior circulação de passageiros para que os rodoviários não transportem grandes somas de dinheiro durante as viagens, o que representa um atrativo para assaltantes.
“Estamos ainda no início da série de assembleias, mas a categoria está unida em torno da questão do reajuste salarial, pois estamos sem aumento há dois anos, o que representa perdas econômicas devastadoras para os trabalhadores diante do quadro inflacionário do país”, avalia Rubens dos Santos Oliveira, presidente do Sintronac.