É fácil ter acesso aos atendimentos de saúde bucal na cidade de São Gonçalo. Divulgação PMSG - Foto: Luiz Carvalho

O gonçalense ganhou mais um motivo para sorrir. A demanda de saúde bucal que não é realizada nos 126 consultórios odontológicos espalhados pela cidade agora chega ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), em Neves. No local, os usuários têm acesso a cinco especialidades da saúde bucal, incluindo pequenas cirurgias, como retirada de sisos e frenectomia (corte do ‘freio’ - tecido que fica embaixo da língua e dificulta a sucção do leite nos bebês e a fala das crianças).
Segundo o município, os consultórios odontológicos das unidades básicas de saúde realizam os primeiros atendimentos e os serviços mais simples, como o tratamento de cáries, restaurações e limpeza, por exemplo. "Quando há a necessidade de atendimento especializado, como um tratamento de canal, extrações e pequenas cirurgias, os gonçalenses são encaminhados para o CEO", afirmou a Prefeitura no texto.

Aos interessados o espaço atende cinco especialidades: bucomaxilofacial, periodontia, estomatologia, endodontia e cirurgia geral, sempre de segunda a sexta, das 8h às 17h.
“O CEO não é porta aberta, ou seja, as pessoas não podem procurar o local sem ter um encaminhamento. Só é atendido no local quem já passou pelo posto de saúde, é um trabalho referenciado. Além das especialidades, fazemos as cirurgias de frenectomia e atendemos as pessoas especiais”, disse o subsecretário de Saúde Bucal, Dr. Paulo Alberto do Nascimento.

Sobre as cirurgias de frenectomia segundo as informações, também são encaminhadas através da Maternidade Municipal Mário Niajar e Clínica Gonçalense do Mutondo. A primeira realiza o teste da linguinha nos bebês nascidos na unidade. O exame é obrigatório nas maternidades desde 2014 (Lei federal 13.002). A segunda nos bebês que chegam à unidade através do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno e são avaliados por uma fonoaudióloga.


“Quando a frenectomia é feita em neonato é muito mais fácil, mais rápido. É um pequeno corte e, em dez minutos, a gente resolve o problema do bebê. Muitas vezes, nem sangra. Se deixar para mais tarde, é mais difícil por conta do comportamento da criança, que acaba fazendo essa cirurgia, tardiamente, aos 8 ou 9 anos, quando começa a entender que precisa fazer. E aí é um trauma muito grande, uma exposição desnecessária e já passou por várias dificuldades”, disse o cirurgião dentista Gustavo Alves.

Para ter acesso aos atendimentos de saúde bucal, os gonçalenses devem procurar as unidades de saúde mais próximas de sua residência que têm esse atendimento para marcar consulta.

Regulação – Todas as consultas para as unidades de saúde da rede pública de São Gonçalo são marcadas através da Central de Regulação da secretaria. Para marcar, o gonçalense pode procurar qualquer unidade de saúde da rede municipal, independente se será atendido naquele local. As unidades inserem os pacientes no sistema da Central de Regulação, que vai entrar em contato – através do telefone – para avisar sobre a marcação do serviço, que será agendado em local que for mais próximo de sua residência.

Por isso, é muito importante que os pacientes mantenham um telefone que funcione e esteja atualizado no cadastro. O contato e endereço do morador também podem ser atualizados em qualquer unidade de saúde.

Teste da Linguinha – O exame tem o objetivo de diagnosticar e indicar o tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua causadas pela língua presa, que podem comprometer as funções de sugar, engolir, mastigar e falar. De acordo com a Lei nº 13.002/2014, é obrigatória a realização do protocolo de avaliação do frênulo da língua em bebês em todos os hospitais e maternidades do Brasil. O teste é simples, basta elevar a língua do bebê para verificar o frênulo.

“Antigamente, só se via o problema no ‘freio’ quando a criança tinha alteração na fala. Hoje, a gente detecta nos bebês com o teste da linguinha. O ideal é fazer até os seis meses de idade. O freio lingual alterado gera dificuldades na sucção e deglutição, o que aumenta o gasto de energia para a amamentação e, consequentemente, reflete no ganho de peso do bebê”, disse a fonoaudióloga Denise Veigo, do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno da Clínica do Mutondo.