Recentemente, o Porto do Açu promoveu recolhimento de material na praia e chamou atenção para que se evite poluição Foto/Divulgação

São João da Barra - O recolhimento de resíduos sólidos tem sido uma prática comum em São João da Barra (RJ), com ações principalmente nas praias. Parte do material recolhido é deixada por banhistas, enquanto outra chega por meio das correntes marítimas. Os recipientes geralmente são de plástico, que leva até 400 anos para ser degradado.
A prefeitura tem desenvolvido ações, visando sensibilizar a população para a importância de evitar descartar resíduos em locais inadequados em qualquer área do município. Já está programada uma ação integrada das secretarias de Meio Ambiente e Serviços Públicos e de Agricultura para os dias 6 e 7 de abril.
Também estarão integradas a Defesa Sanitária Vegetal do Estado do Rio de Janeiro, Emater-Rio e Associação dos Revendedores de Insumos do Norte Fluminense. Os trabalhos estarão focados no reconhecimento de embalagens vazias de agrotóxico e estão programados para acontecer das 8h às 16h, na Subprefeitura, em Sabonete, quinto distrito.
A prefeitura explica que na última ação realizada no município, em dezembro de 2021, foram coletadas 1,7 mil embalagens. “Para reforçar ainda mais o descarte de forma correta desse material por parte dos produtores rurais, foi criado um calendário anual; as próximas datas previstas são 6 e 7 de julho e 14 e 15 de dezembro”, adianta.
O Porto do Açu também tem contribuído não apenas no recolhimento de resíduos na praia, mas orientando no sentido de que os atos prejudiciais ao ambiente sejam evitados. “As embalagens recolhidas em São João da Barra são encaminhadas ao Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) para reciclagem ou incineração”, ressalta a secretária de Meio Ambiente, Marcela Toledo.
No caso específico das embalagens vazias de agrotóxico, a secretária orienta que, “o produtor rural, fazendo o descarte em lugar apropriado evita notificações e multas, uma vez que a devolução correta é um compromisso legal e deve ser feita um ano após a compra dos produtos”.
Outro ponto apontado por Marcela Toledo é que, “além dos problemas enumerados, o descarte de forma indiscriminada pode causar danos à fauna, à flora e à saúde dos produtores e seus familiares”. Em recente ação do Porto do Açu, a analista ambiental da empresa fez observação semelhante e defendeu: “Devemos cuidar do nosso maior patrimônio, que é o meio ambiente”.