Hospital de Campanha em Volta Redonda, estrutura fica no Estádio Raulino de Oliveira - Divulgação
Hospital de Campanha em Volta Redonda, estrutura fica no Estádio Raulino de OliveiraDivulgação
Por O Dia
Volta Redonda - Em funcionamento há pouco mais de um mês, o Hospital de Campanha de Volta Redonda, tem sua estrutura montada no Estádio Raulino de Oliveira e conta com 114 leitos de média complexidade para pacientes da covid-19, o novo coronavírus. O hospital recebe pacientes de nove locais: Hospital do Retiro e São Batista, Cais Aterrado e Conforto, Upa Santo Agostinho e das quatro Unidades de Referência para o tratamento da Covid-19 que ficam nos bairros 249, São João, Volta Grande e Vila Mury.
Desde o dia 22 de abril, início das atividades, segundo as informações da Secretaria Municipal de Saúde, foram atendidos 41 pacientes, e até o momento, 19 pessoas receberam alta do Hospital de Campanha. A unidade foi habilitada pelo Ministério da Saúde e está inscrita no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) e conta com um centro de imagem e uma sala de estabilização, conforme explicou o Secretário Municipal de Saúde, Alfredo Peixoto.
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“Caso seja necessária uma intervenção rápida em um paciente, temos este local preparado”. O Hospital de Campanha permitir que as unidades de emergência não tenham sua rotina alterada por conta do novo coronavírus”, disse.
Quanto aos respiradores, na unidade de saúde, há um respirador na sala vermelha, com referência direta para a CTI do Hospital Drº Munir Rafful (Hospital do Retiro). Atualmente, o índice de ocupação de leitos está em 10,52%, conforme o último boletim divulgado pela Prefeitura.
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Segundo apurou a reportagem, a unidade conta com uma equipe de 60 profissionais, mas que de acordo a administração, esse número pode ser ampliado, caso exista necessidade. Hoje, a equipe multidisciplinar da unidade é composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista e farmacêutica, além da equipe de apoio do Centro de Imagem, do Núcleo Interno de Regulação e de higiene, altamente treinada e de fundamental importância.
No que diz respeito aos gastos com o Hospital de Campanha, o prefeito Samuca Silva, falou que o custo mensal total gira em torno de R$ 800 mil, neste valor estão inclusos os valores com equipes de profissionais de saúde, medicamentos, estrutura física, insumos, entre outros. O prefeito Samuca Silva também destacou que a unidade de saúde disponibiliza o atendimento integral do paciente.

“Como é uma doença nova, os pacientes ficam muito inseguros e com medo de não se recuperar. Mas nossa equipe multidisciplinar cuida tanto da parte física como da emocional de cada paciente, 24 horas por dia. Além disso, cuidamos também da família, que recebe diariamente um boletim médico, por telefone, do quadro do paciente, uma vez que eles não podem ser visitados para evitar o risco de contaminação”, explicou o prefeito.

"Estamos preparados para vencer essa guerra contra o coronavírus. Aqui é um hospital de portas fechadas, referenciado pelas unidades de emergência, como os hospitais. Então, um paciente que necessitar de um atendimento intermediário, não ficará nas unidades, eles serão encaminhados para o Hospital de Campanha, que vai ter atendimento exclusivo à Covid-19", disse o prefeito Samuca.
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Recuperados da Covid-19 agradecem a assistência recebida - Secom VR
Um dos pacientes a receber alta na unidade provisória de combate a Covid-19 é o aposentado Sérgio Pereira Gomes, 57 anos, morador do bairro Jardim Normândia, que se internou dez dias após a inauguração do hospital.

“Eu fico até emocionado porque é uma luta grande que todo mundo quer vencer. Tive a sorte de ser atendido por essa equipe maravilhosa. No primeiro dia tive muito medo, mas cada vez que conversava com a psicóloga eu ia acalmando. Fui percebendo que cada profissional ali queria salvar a minha vida e fui acreditando que eu ia sair dessa. Essa doença não é uma brincadeira, é séria”, disse o aposentado, que perdeu o pai de 84 anos, que faleceu em um hospital privado da cidade por Covid-19.
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Recuperada Vilma relata a batalha contra a covid-19 - Secom VR
A dona de casa Vilma Furtado Nepomuceno, 65 anos, moradora do bairro Santa Rita do Zarur, também passou pelo hospital de campanha.

“Eu venci, graças a todo carinho e cuidado que a equipe do Hospital de Campanha teve comigo. Fiquei 12 dias internada e tinha dia que eu perdia a esperança. Mas a equipe, muito atenta e comprometida, não me deixava desanimar. Hoje estou em casa e muito bem”, disse dona Vilma, que não tem idéia de como e nem onde possa ter pego a doença. “Por isso, faço um apelo para todos se protejam. Precisamos eliminar o vírus da nossa cidade para que as pessoas que a gente ama não fiquem doentes”, apela.

A enfermeira e coordenadora do Hospital de Campanha, Vanessa de Lima Huguenin, com 22 anos de experiência entre a rede publica e privada, destaca que a equipe do hospital de campanha está empenhada em salvar vidas.

“Estamos trabalhando com muito carinho e empenho para que todos os pacientes possam ter o melhor tratamento possível. O foco e o objetivo é a cura. Nosso índice de cura é muito maior do que o de transferência por agravamento ou de óbitos”, disse a enfermeira.

Até agora, dois óbitos foram registrados no hospital de campanha que tem um número muito pequeno de pacientes transferidos.