Volta Redonda - Depois de quase dois anos sem atividades de rua, por conta da pandemia de covid-19, integrantes do ‘Projeto Recriar’ realizaram a limpeza no Córrego Cachoeirinha, no bairro Vila Santa Cecília, em Volta Redonda. A atividade aconteceu no domingo, dia 26.
“Avaliamos ter recolhido cerca de meia tonelada de entulhos de dentro do riacho entre a Praça dos Inocentes e o Rio Brandão”, disse o engenheiro ambiental, Thales Patriota.
A atividade contou com a participação de cerca de 20 jovens. Durante a ação, as pessoas que passavam pelo local também foram abordadas e receberam informações sobre a ideia do grupo, como explica o integrante do Projeto Recriar.
“Durante a atividade abordamos também aos transeuntes para explicar os nossos objetivos, e ao final realizamos uma espécie de 'aula cívico-ambiental'. Alegria e determinação da equipe, inclusive já sinalizou a continuidade do trabalho socioambiental na Pedreira da Voldac na próxima semana”, comentou Thales, idealizador do projeto, quando ainda era estudante.
A aluna do Pré-Vestibular Cidadão do MEP-VR (Movimento Ética na Política de Volta Redonda), Larissa Brandão participou pela primeira vez da atividade.
“Em 2018, tinha 13 anos, ao passar pela Vila, neste mesmo local, fui abordada por integrantes do ‘Recriar’, quando explicaram a finalidade do projeto. Ouvi atentamente, e hoje estou participando com eles pela primeira vez. Estou muito feliz de poder representar o MEP em uma atividade em defesa e preservação dos nossos riachos e rios”, falou Larissa.
“É muito importante cuidar do nosso patrimônio ambiental presente e futuro, isto que devemos deixar para nossos filhos. O trabalho de consciência que fazem no ‘cuidar do menor rio (riacho) para o maior (Rio Brandão e Paraíba)’ é um belo exemplo para a sociedade e as autoridades. Estão de parabéns!”, disse Natã Santos, que fez questão de parar, e com a esposa ouvir os jovens.
“A minha filha Karine, sempre me incentivou, tanto que eu e minha esposa passamos a ficar mais atentos ao meio ambiente, por isso estou com eles aqui. Aliás, ela provocou mudanças de atitudes dentro da nossa casa. Fiquei assustado com a quantidade de cacos de vidros, garrafas pet, madeiras dentro riacho, penso que o poder público poderia atentar para isto”, comentou Fábio, pai da Karine de Paula.
O professor de uma universidade da cidade e integrante da equipe Recriar, Roberto Guião comentou sobre a importância do trabalho realizado pelo grupo.
“Estamos aqui, mais uma vez em uma ação simbólica. O exemplo da Larissa (do MEP), agora voluntária é muito singular e animador. Nossas atitudes fazem mudar, acreditem. O grande desafio com vista a mudar a sociedade na linha de provocar políticas públicas, surge a partir das demandas da sociedade organizada, daí a importância deste trabalho. Embora pareça uma ação pontual, isto aqui faz mudar, e é preciso darmos continuidade”, concluiu.
Os coordenadores agendaram para o dia 2 de outubro, uma atividade na Pedreira da Voldac, com apoio da Equipe Ambiental do MEP-VR.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.