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Esgoto despejado sem tratamento e falta de água ainda fazem parte da realidade de quem vive na Baixada Fluminense. Segundo o Atlas Esgotos, publicado pela Agência Nacional de Águas (ANA), sete municípios da região não oferecem qualquer tipo de tratamento para o esgoto e alguns sequer coletam. Várias localidades da região ainda não possuem rede de água, como é o caso de Mauá, em Magé, e Campos Elíseos, em Duque de Caxias.

Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Nilópolis, Queimados e Seropédica são as cidades que não tem tratamento do esgoto coletado, são lançados diretamente, poluindo rios e a Baía de Guanabara.

Ainda de acordo com os dados publicados pelo Atlas do Saneamento, os dois maiores municípios da região têm baixo índice de tratamento: Duque de Caxias trata apenas 15,4% e Nova Iguaçu 4,0%. Nestes municípios mais da metade do esgoto é lançado nos rios.

Belford Roxo lidera o ranking dos municípios que tratam o próprio esgoto. Na cidade, um total de 61,9% do esgoto coletado vai para a Estação de Tratamento de Efluentes do Sarapuí.

"Muito ainda precisa ser feito para garantir a universalização do acesso dos moradores da Baixada ao saneamento básico. Em Mauá os moradores dependem de poços artesianos. Em Campos Elíseos, a rede de água existe em parte do bairro, mas o abastecimento é inexistente. Em várias localidades há moradores que recebem as contas, mas não recebem a água", diz a professora e doutora em Meio Ambiente,Cleonice Puggian. Ontem, ela liderou um Fórum que discutiu a questão, na Unigranrio, em Duque de Caxias.

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