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Se o Fluminense fascina pela sua disciplina, Gustavo Scarpa, tricolor de coração, tem a receita para fazer o clube tantas vezes campeão se distanciar do Z-4 do Campeonato Brasileiro: vencer os próximos quatro jogos. A começar pelo duelo com o também ameaçado São Paulo, hoje, às 21h45, no Maracanã. Para o capitão a braçadeira foi herdada do lesionado Henrique , a luta pela fuga do rebaixamento tem que ser encarada com muito empenho.

Afinal, embora quem espera sempre alcança, só com vigor, unido e forte pelo esporte, será possível manter a tradição de clube que orgulha o Brasil, com glórias e vitórias mil. "Eu faço contas há tempo. Acho que mais umas quatro vitórias (são necessárias) para a gente não correr nenhum risco. Espero que sejam nos próximos jogos para poder ter mais tranquilidade", frisou Scarpa.

E alertou: "A gente sabe da importância do jogo de amanhã (hoje), do quanto a gente precisa ganhar para se distanciar do Z-4. A gente sabe que precisa melhorar, mas precisa ganhar. Ainda estamos próximos."

Em 12º lugar no Brasileiro, com 35 pontos, um a mais do que o São Paulo, em 13º, o Fluminense terá pela frente, segundo Scarpa, um adversário de tradição e em condição de sair da crise estava no Z-4 até a rodada passada, quando venceu o Atlético-PR: "Eles têm um time técnico, com jogadores de Seleção. Há o Hernanes. Temos de tomar cuidado. A gente sabe que não é só a qualidade que decide um jogo, tem muito detalhe. Eles têm condição de sair da situação em que estão."

Para o Flu embalar no Brasileiro, após a vitória sobre o Avaí, outro adversário direto na fuga do descenso à Seríe B, Scarpa conta com o apoio da torcida em um estádio no qual adora atuar: "Para a gente, é muito bom jogar no Maracanã. Tinha Edson Passos, que lota mais fácil. Mas não se compara à qualidade do campo, ao ambiente. O número de torcedores está mais baixo, mas a gente entende. O momento não é bom. Fico feliz de atuar lá, o estádio tem história."

Outra motivação para Scarpa é o bom ambiente do grupo. O alto astral é a arma para salvar o querido pavilhão, das três cores que traduzem tradição. "Apesar de jovem, nosso grupo não tem trairagem. Isso nos deixa confiante para melhorar", disse o meia, que brincou sobre a condição de capitão: "O capitão é o Henrique. Sou temporário."

OS PREJUÍZOS NÃO PARAM
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Com o preço do ingresso do jogo de hoje fixado em R$ 20, a diretoria do Fluminense anunciou ontem que cinco mil bilhetes foram vendidos antecipadamente. A expectativa, porém, é de um novo prejuízo, como ocorreu nas outras quatro partidas do time no Maracanã.
Desde que a diretoria anunciou que a equipe atuaria como mandante no estádio, nesta temporada, o prejuízo total do Tricolor é de R$ 756.688,44. Contra o Avaí, o saldo negativo foi de R$ 296.166,73.
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A arrecadação também ficou no vermelho nos duelos realizados contra Atlético-MG (R$ 239.515,84), Vasco (R$ 25.811,14) e Palmeiras (R$ 195.194,73).
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