Após falhar, Gatito tentou puxar a bola, mas a arbitragem validou o gol do Furacão - Marcio Mercante / Agencia o Dia
Após falhar, Gatito tentou puxar a bola, mas a arbitragem validou o gol do FuracãoMarcio Mercante / Agencia o Dia
Por MARCELO BERTOLDO

A chance de o Botafogo selar a paz com o seu torcedor foi, momentaneamente, por água abaixo com a derrota de 1 a 0 para o Atlético-PR, no Nilton Santos. A gritante falha de Gatito Fernández no gol de Guilherme não foi o único motivo que esgotou a paciência dos alvinegros. Em jogo fraco tecnicamente e sob chuva, o time amargou a segunda derrota seguida em casa no Brasileiro e corre o risco de perder hoje o sexto lugar para o arquirrival Flamengo.

Como não pode ser ultrapassado pelo Vasco nesta rodada, a permanência no G-7 é um alento, mas está longe de confortar jogadores e torcedores. A má atuação no Nilton Santos mantém o sinal de alerta ligado na reta final do Brasileiro. Previsível, o Botafogo não conseguiu impor o domínio esperado de um mandante que cobiça uma vaga na Libertadores.

Sem vencer há três rodadas, o Atlético-PR, mais organizado, teve maior posse de bola e chegou com um pouco mais de qualidade ao ataque. Em uma dessas jogadas, Pablo tabelou com Guilherme. O fraco chute de primeira parecia defensável, mas Gatito aceitou. O pulo para tentar salvar a bola dentro do gol após a defesa parcial foi em vão: Furacão 1 a 0, aos 30 minutos do primeiro tempo.

TORCIDA NÃO PERDOA

Distantes um do outro, João Paulo e Marcos Vinícius não conseguiram levar a equipe à frente. No auge de seu inferno astral, Pimpão foi mal outra vez. Antes de ser sacado para a entrada de Guilherme no intervalo, voltou a ser vaiado pelo impaciente torcedor. Porém, foi do atacante a melhor chance da equipe ao emendar de primeira o bom cruzamento de Bruno Silva.

Com Guilherme e Leo Valencia em campo no segundo tempo, o Botafogo pouco melhorou. Fechado, o Atlético suportou bem o chuveirinho, a única tentativa de jogada do Alvinegro. Parte da torcida protestou e gritou ao apito final: "Time sem vergonha".

Ciente da pressão, o técnico Jair Ventura surpreendeu ao revelar que não há pacto pela vaga na Libertadores, mas que trabalha para levar o Botafogo ao lugar mais alto possível na tabela.

"Quando trabalhamos num gigante como o Botafogo, estamos sempre sob pressão. Prefiro ser cobrado pela vaga na Libertadores do que para sair do rebaixamento", disse.

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