Gêmeos sempre despertam curiosidade e colecionam histórias pitorescas, como é o caso dos guradas Marco Antônio e Antônio Marcos, há 25 anos na corporação. "Vivo levando tapões nas costas de colegas do Antônio, achando que eu sou ele", lembrou Marco, que, por sua vez, já ganhou até beijo de uma ex-namorada de Antônio, que se confundiu. "Já adverti motorista estacionado irregularmente, enquanto o meu irmão já tinha acabado de fazer isso, deixando o condutor confuso, achando que eu estava com memória fraca", contou Antônio.
No estado do Rio, há gêmeos por todo canto. No Centro Universitário de Volta Redonda, no Sul Fluminense, dois pares deles, Roberto e Renato Costa Silva, 24, e Ana Luiza e Ana Cláudia Baylão, de 23, chamam a atenção, frequentando o mesmo curso de Medicina. "Às vezes, inexplicavelmente, a gente veste roupas iguais, sem combinar", frisou Ana. "Estamos sempre juntos, mas não estudamos na mesma sala", detalhou Renato. O mundo dos iguais ficou tão vasto, que em Rodilândia, em Nova Iguaçu, uma via foi batizada de Rua Gêmeos. No Rio Grande do Sul, Cândido Godoi virou objeto de estudo por ser a cidade com mais gêmeos do país. Lá, a cada dez pessoas, uma tem um irmão idêntico.
Para reunir ainda mais os gêmeos pelo Brasil, o Sindicato dos Gêmeos tem o site sindicatodosgemeos.com.br para promover encontros, projetos culturais, eventos, pesquisas e ações sociais.