O policial civil aposentado Antonio Carlos Ribeiro da Silva, o Toninho, segundo a denúncia, era, além de braço armado do grupo de Anthony Garotinho, operador do esquema de pagamentos por empresas ao ex-governador do Rio. De acordo com as investigações, Toninho era o responsável por cobrar, pessoalmente, o dinheiro dos empresários, andava armado e tinha relações com funcionários de uma agência bancária, que facilitariam as retiradas milionárias de dinheiro.
Além disso, a denúncia aponta que ele tinha informantes dentro do Ministério Público ou usava de seu prestígio perante autoridades e órgãos públicos, já que costumava ficar sabendo detalhes sobre as investigações e, diante das informações, inibia as testemunhas. Em um dos encontros com o principal delator do esquema, o empresário André Luiz da Silva Rodrigues, Toninho chegou a ameaçar o empresário com uma arma quando foi cobrar pagamento transferido à Ocean Link feita pela JBS. Os dois se encontraram dentro do carro do policial, que tinha uma arma entre as pernas. Durante a conversa, Toninho perguntou pela família do empresário, o que foi considerado ameaça. Toninho também costumava seguir André nos dias de retiradas do pagamento e avisava isso ao empresário por telefone.