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Os parlamentares profissionais aprontam, mas os que são imediatamente punidos são os juvenis. O Diário Oficial de hoje publica o adiamento da edição 2017 do Parlamento Juvenil (PJ), prevista para ocorrer do dia 26 de novembro a 2 de dezembro. O projeto, que existe desde 2003, transforma jovens estudantes em deputados, com direito inclusive a apresentar Projetos de Lei, durante uma semana.

A notícia do adiamento foi dada pelo coordenador do projeto, o deputado Wanderson Nogueira (PSOL), durante a sessão de ontem, para um plenário vazio, pois a imensa maioria dos deputados já havia deixado o local. Nogueira explicou que o adiamento se deve à crise instalada na Alerj, após a prisão dos líderes da Casa, inclusive a do presidente Jorge Picciani. "A gente, querendo oferecer experiência plena, fica temeroso pela instabilidade política que hoje está havendo na Alerj. Não é possível nesse instante, por isso a gente cancelou", justificou o deputado.

Além da crise, a suspeita de irregularidade na licitação da firma que organiza a participação dos estudantes, também foi apontada como motivo do adiamento. "Vamos fazer nova licitação e mandar as irregularidades para o MP averiguar", afirmou Nogueira. Segundo ele, o adiamento decepcionou 92 estudantes do estado, um de cada município. "Eles ficaram tristes. Participaram de um processo longo para chegar nesta semana e tiveram os sonhos frustrados", lamentou o coordenador do PJ. Os alunos de escolas públicas, praticamente, se preparam o ano inteiro para realizar o desejo de ser parlamentar. "Primeiro, cada escola elege um representante. Depois, o município seleciona apenas um estudante dentre todos os eleitos pelas escolas", explicou o deputado do Psol. Ele espera que o projeto seja retomado em março.

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