Serviço já funciona no Centro e em Ponto Chic. Ano que vem será a vez dos bairros Cabuçu e Morro Agudo
Serviço já funciona no Centro e em Ponto Chic. Ano que vem será a vez dos bairros Cabuçu e Morro AgudoDivulgação
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O projeto Coleta Seletiva Solidária de Nova Iguaçu foi implementado no bairro Ponto Chic e no Centro da cidade e seguirá para outros bairros em 2018, como Cabuçu e Morro Agudo.
Cinco dos cerca de 40 catadores de Nova Iguaçu já cadastrados abandonaram as carroças e os burros-sem-rabo que utilizavam para recolher material reciclável pela cidade e passaram a trabalhar com bicicletas especiais. Além disso, todos receberam uniformes com identificação e equipamentos de segurança pessoal. O objetivo é estimular a reciclagem e oferecer melhores condições de trabalho aos catadores.
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"Vamos passar a trabalhar com mais dignidade porque as pessoas costumavam nos tratar com certo preconceito, por puxarmos carroças e por não termos nenhuma identificação, apesar de sermos trabalhadores como qualquer outro", conta Valdinéia Inácio Pereira Pedrosa, de 40 anos, moradora do bairro Santa Rita.
Ela é catadora há quatro anos e o marido, José Carlos Freire Junior, de 34, há 18. O casal tem sete filhos e sustenta a família com o dinheiro que consegue catando recicláveis descartados por lojistas. "Trabalhávamos de segunda a sábado, das 8h às 23h, sem roteiro e, muita vezes, sem a colaboração dos lojistas. Agora, como está organizado e os lojistas estão cientes, vamos trabalhar com horários e sem perder tempo, pois o material já estará separado para gente. Acredito que vai dar para reduzir a carga horária de trabalho e ter mais tempo para lazer e para aproveitar a família", diz Valdinéia.
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O material recolhido vai para ferros-velhos, mas o objetivo do projeto é levar diretamente para uma cooperativa, onde o lucro é maior.