Muspe e entidades federais criaram frente contra a reforma, que relator Maia tenta aprovar - divulgação
Muspe e entidades federais criaram frente contra a reforma, que relator Maia tenta aprovardivulgação
Por PALOMA SAVEDRA

Rio- Recentes declarações do relator da Reforma da Previdência na Câmara, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), sobre suas estratégias para angariar apoio de mais parlamentares à PEC 287 deixaram o funcionalismo público do país em alerta. No Rio, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) marcou ontem a sua intenção de impedir o avanço da proposta no Congresso. E, assim como fez na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), à época das sessões para votar o pacote do governo Pezão, o movimento quer ir até Brasília.

Na quarta-feira, o relator deixou claro que pensa em abrir concessões para acelerar a votação. Assim, ele acredita que conseguirá a aprovação da proposta, que, entre diversos itens, aumenta o tempo de contribuição e a idade mínima de trabalhadores públicos e privados.

A União sustenta a necessidade de alterar as regras para a aposentadoria, alegando déficit previdenciário que teria fechado em R$ 182,45 bilhões em 2017. Além disso, diz que a PEC "acaba com privilégios".

Já o funcionalismo critica a medida, questiona o déficit, e reivindica que o governo implemente outras ações, como a cobrança de devedores. Esse debate foi colocado ontem na criação da Frente Rio contra a reforma.

Além de integrantes do Muspe, o encontro contou com centrais sindicais e entidades do funcionalismo federal. Eles se reunirão na segunda para criar um grupo de trabalho. Idas a Brasília, ações nas ruas e aeroportos com abordagem a deputados fazem parte da agenda.

A ideia é que os grupos estejam na capital federal a partir de 19 de fevereiro e acompanhem a votação. "A Frente Rio é fundamental para mostrar a força do estado e que os trabalhadores não querem essa reforma", declarou Ramon Carrera, diretor do Sind-Justiça e integrante do Muspe.

Também representantes do movimento, o presidente do Sindpol, Márcio Garcia; e o coordenador do SindpeFaetec, Marcos Freitas, reafirmaram suas presenças em Brasília. "Essa proposta absurda do presidente Temer ataca, principalmente, direitos dos servidores", opinou Garcia. "A PEC tem intenção de impedir que grande parcela da população tenha acesso à aposentadoria no futuro próximo", disse Freitas.

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