O Ceifador marcou dois gols na decisão do ano passado: um no tempo normal e outro na disputa por pênaltis - Gilvan de Souza/Flamengo
O Ceifador marcou dois gols na decisão do ano passado: um no tempo normal e outro na disputa por pênaltisGilvan de Souza/Flamengo
Por Vitor Machado

Rio - Um gol de Henrique Dourado, no sábado de Carnaval, contra o Botafogo, às 16h30, no Raulino de Oliveira, será sinal de que a chegada do atacante vai dar samba. Contratado para resolver os problemas da comissão de frente do time, o Ceifador tem, nos últimos dez anos, exemplos de como brilhar na estreia pode ajudá-lo a construir, no Rubro-Negro, um enredo com final feliz. Se passar em branco, porém, ele corre o risco de jamais encontrar o tom com o manto sagrado.

Desde 2009, seis nomes de atacantes fizeram a Nação aquecer os tambores: Adriano, Vágner Love, Deivid, Hernane, Alecsandro e Guerrero. Cada um recebeu a missão, em momentos diferentes, de assumir o papel de destaque no setor ofensivo. Deles, todos abriram alas com gol, à exceção de Deivid, cuja evolução deixou buracos na expectativa da torcida, apesar do título carioca de 2011, que teve Ronaldinho e Thiago Neves como mestres de bateria.

Adriano fez um na vitória do Flamengo sobre o Atlético-PR por 2 a 1, na sua volta ao clube, em 2009. Artilheiro daquele Brasileiro, quando o Rubro-Negro do Rio conquistou o hexa, o Imperador acumulou, até 2010, 34 gols em 48 jogos média de 0,70 por partida.

Nesse quesito, Love teve o melhor desempenho da última década 0,79. Em 2010, ele balançou as redes logo de cara e, depois, repetiu a dose 23 vezes em 29 oportunidades. Na sua volta, dois anos depois, o índice caiu para 0,58. A queda se anunciou nas primeiras notas, quando o jogador falhou na reestreia.

Deivid desafinou de início. Vestido de rubro-negro, o desfile, com performance de 0,31 gol por jogo 31 em 99 ficou manchado com uma chance incrível perdida, sem goleiro, contra o Vasco, na Quarta-Feira de Cinzas.

Embora com menos plumagem, Hernane, o Brocador, e Alecgol , trouxeram brilho ao Flamengo. A média deles de 0,51 e 0,43, respectivamente, garantiu a folia da torcida na arquibancada. O primeiro, na conquista da Copa do Brasil de 2013, e o segundo, na do Carioca do ano seguinte.

Os números de Guerrero parecem fazer coro com os de Deivid . A idolatria da torcida, no entanto, prova que marcar na estreia assegura nota dez em harmonia. O peruano, que puxou o samba com gol sobre o Internacional, balançou as redes 42 vezes em 108 jogos 0,38 por confronto.

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