Maykon Renan promete um show à parte com sua Madrasta. A peça terá sessão extra às 22hFoto: Divulgação

Angra dos Reis – O primeiro grande evento do Teatro Municipal de Angra dos após a flexibilização das medidas de segurança devido à Covid-19 promete ser um sucesso.

A procura por ingressos para assistir as peças que fazem parte do Festival do Riso, que acontece de hoje (15) à domingo (17), tem sido grande. A peça que abre o festival, A Madrasta, estava com ingressos esgotados desde a quinta-feira (14) e a procura do público continuava grande e a produção do evento decidiu abrir uma sessão extra, às 22h, para atender a demanda por ingressos.

- O público está com saudade do teatro, de socializar com outras pessoas, e claro, de assistir a uma excelente peça -, disse Andrei Lara, secretário de Cultura do município.

A Madrasta, que contará com a participação especial da “web celebrity” Inês Brasil, se passa em uma coletiva de imprensa onde a própria irá lançar um livro contando toda a “verdade” sobre os contos de fadas. A partir daí, muitas surpresas e revelações levam o público a ver na personagem o que ele mesmo tem vontade de dizer e não pode.

- A Madrasta é o lado proibido de todo mundo. Tudo que você não pode falar, às vezes por educação ou paciência, ela fala sem pudores. Daí a identificação com o público ser imediata -, contou Maykon Renan, ator que dá vida à personagem.

Originalmente, A Madastra nasceu da peça Conto de Fadas, onde Maykon interpretava um dos anões da Branca de Neve. Porém, o ator que fazia a Madrasta ficou doente e precisou ser substituído. E lá foi Maykon Renan para o “sacrifício” decorar 30 páginas de texto em poucos dias. E claro, ele não conseguiu.

- O bordão da personagem que uso hoje era o sinal que eu dava para os outros atores me ajudarem com o texto que eu sempre esquecia -, lembra ele, achando graça da história.

Quando a temporada de Conto de Fadas terminou ele decidiu escrever um texto solo para a Madrasta e enviou para a direção do Festival Internacional de Teatro de Angra, o FITA, que surpreendentemente aprovou a montagem da peça.

- Foi uma loucura. Montei tudo em um mês e ainda me apresentei para um público de 1.500 pessoas. Foi surreal -, lembrou Maykon.

Desde 2012 a peça já foi apresentada em teatros de Rio, São Paulo e Minas Gerais, além de ter ficado em exibição durante quatro anos em um resort da Costa Verde que recebe público do Brasil e do exterior.