Professores, pais e alunos foram levar alimento e carinho aos moradores de rua acolhidos na igreja Espaço Restaurando Vidas Foto: Pedro Parreira
De acordo com a coordenadora do projeto, Alba Regina, este ano a ação recebeu o nome de “Doe e aqueça um coração” e tem a intenção de familiarizar as crianças com a dura realidade de quem vive nas ruas.
- Nossos filhos têm tudo e precisam aprender a amar o próximo e não fazer de conta que essas pessoas são invisíveis, como acontece muito hoje em dia – enfatizou Alba.
Joarildo Rocha levou sua filha para participar da ação e acredita que a boa semente plantada nas crianças através do exemplo de quem se dedica ao trabalho social voluntário tem tudo para gerar bons frutos no futuro.
- Ver que essa igreja acolhe, que a igreja faz o que diz a palavra de Deus, que é amar o seu próximo como a ti mesmo, isso é muito importante - disse Joarildo.
Segundo a professora Gleide Parreira, uma das incentivadoras do projeto, a ideia inicial era distribuir uma sopa, mas com a mudança do tempo, optaram por montar e distribuir os kits.
Para a coordenadora do projeto de acolhimento, Daniela Jordão, o trabalho com as crianças é imprescindível para que os acolhidos saibam que são amados por outras pessoas.
- Eles estão desacostumados a receber carinho, então qualquer forma de carinho para eles significa muito. Cada pequeno gesto que essas crianças fizeram aqui hoje para os abrigados foi muito grande – finalizou Daniela.
Há quatro meses os pastores da igreja Espaço Restaurando Vidas (Erv Church) decidiram retirar os moradores de rua das marquises e praças da cidade devido à onda de frio intenso que atingiu a região Sudeste do país no mês de junho.
Desde então, os acolhidos são recebidos diariamente no templo da igreja, onde tem a oportunidade de tomar banho quente, vestir roupas limpas e comer uma refeição quente e fresca. Logo após, eles deitam e dormem dentro do templo enquanto voluntários ficam em vigília para que eles tenham uma boa noite de sono.
- Essas pessoas não tem um sono reparador quando dormem nas ruas por que tudo pode acontecer com elas. Aqui elas relaxam, dormem um sono profundo e descansam de verdade por que sabem que, assim como Deus vela por nós, voluntários passam noites acordados para que eles durmam bem – comentou Vanessa Rabha, pastora que idealizou o projeto.
Nos quatro meses de acolhimento, 7 moradores de rua conseguiram trabalho, 3 voltaram para suas famílias e 5 decidiram ir para um centro de recuperação.
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