Cafeicultores mineiros visitaram o terminal portuário de Angra Foto: Divulgação SDE/Angra
Hoje, o café mineiro é enviado pelo porto de Santos (SP), onde chega através do modal rodoviário, o que eleva o custo da operação e causa atrasos devido aos acidentes com caminhões que transportam a carga e o tempo de espera para embarque.
Atualmente o Porto Seco Sul de Minas, em Varginha, movimenta cerca de 200 mil contêineres por ano em cargas de importação e exportação por transporte rodoviário a um custo unitário médio de R$ 3,4 mil. Com o transporte sendo realizado por ferrovia até Angra, o valor do transporte seria inferior a R$ 2 mil por contêiner, eliminando cerca de 50 mil viagens de caminhão por ano.
A mobilização dos exportadores conseguiu, com apoio do governo mineiro, que a concessionária VLI, arrendatária da ferrovia Centro Sul, se comprometesse a reativar o trecho entre Varginha e Barra Mansa (RJ). Agora o grupo trabalha para a reativação de 105 km da ferrovia entre Barra Mansa e Angra, também de responsabilidade da VLI.
A expectativa é que a reforma também melhore a logística de importação de outras cargas para o Triângulo Mineiro e Goiás, como adubos, fertilizantes, equipamentos e máquinas agrícolas, passando pelo Porto de Angra.
Na semana passada, um grupo de empresários mineiros esteve na cidade conhecendo e inspecionando as instalações portuárias.
- Estamos trabalhando junto à Splenda, arrendatária do Porto de Angra, e aos cafeicultores mineiros para que o trecho que liga Angra a Barra Mansa seja reativado. Sabemos do alto valor a ser investido e estamos procurando soluções que sejam viáveis para todas as partes -, disse Aurélio Marques, secretário de Desenvolvimento Econômico de Angra.
O trecho da ferrovia que liga Angra a Barra Mansa está inoperante desde as fortes chuvas que caíram na região em 2009/2010. O valor estimado para sua recuperação gira em torno de R$ 200 milhões, porém a parte entre Lídice, distrito de Rio Claro, e Angra, que serviria ao Trem Turístico da Mata Atlântica, já teria uma verba destinada pelo Ministério do Turismo, o que pode diminuir o custo da reforma dos 105 km ferrovia que ligam o Sul Fluminense à Costa Verde.
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