O cuidado deve ser redobrado no verão com os recipientes que acumulam água para que não sirvam de criadouros do mosquito transmissor da dengue Foto: Arquivo PMAR


Costa Verde - Angra dos Reis está em estado de alerta para o risco de dengue, zika e chikungunya. Isso é o que diz o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do ano de 2022, realizado pela secretaria de Saúde do município entre os dias 9 e 15 deste mês.
O resultado divulgado nesta semana aponta que o Índice de Infestação Predial (IIP) foi de 1,8%, ou seja, de cada mil imóveis vistoriados, 18 possuíam larvas do vetor, o que levou à classificação de alerta contra as doenças, típicas desta época do ano. 3.587 imóveis foram pesquisados e em 66 deles - 55 residências e 11 terrenos baldios - haviam larvas do Aedes aegypti.
O resultado ainda aponta que há muitos criadouros nos imóveis da cidade, sendo a maioria pode ser removidosou cuidado, como recipientes plásticos, garrafas PET, vasos de plantas e piscinas não tratadas.

– É necessário o apoio e a colaboração de todos na luta contra o mosquito. Os imóveis devem ser vistoriados pelos próprios moradores, uma vez por semana, buscando eliminar locais com água parada. Medidas simples podem auxiliar na diminuição da infestação do mosquito transmissor das doenças –, alertou Romário Gabriel, coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental.

O levantamento do IIP é fundamental para determinar as estratégias de combate ao mosquito e permitir que as ações de prevenção e controle do Aedes aegypti sejam direcionadas para áreas com maiores índices de infestação. Monsuaba e Vila da Petrobrás são os bairros que apresentam maior índice de infestação (3,1%), seguido por Japuiba (2,9) e Parque Mambucaba (2,1). Os bairros com menores índices são Parque das Palmeiras, Balneário e Marinas, com 0,8 de infestação, índice considerado satisfatório.
Ainda de acordo com o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, a orientação técnica do Ministério da Saúde é que a aplicação espacial UBV, o famoso carro-fumacê, seja utilizado somente para controle de surtos ou epidemias. Essa ação integra o conjunto de atividades emergenciais adotadas nessas situações e seu uso deve ser concomitante com todas as demais ações de controle, principalmente a diminuição de fontes de mosquitos.
- O inseticida é uma das formas de controle que pode ser benéfica, mas quando utilizada de maneira adequada. Caso contrário, o uso indiscriminado do inseticida pode selecionar populações de mosquitos resistentes, o que propicia novas gerações resistentes ao inseticida, perdendo assim sua finalidade inicial –, explicou Romário Gabriel, ressaltando que, como o município não está passando por surto ou epidemia, a ação ainda não deve ser realizada.

Quem souber de criadouros do mosquito pode entrar em contato com o setor responsável pelo telefone (24) 3377-7808 ou pela Ouvidoria do SUS, (24) 3364-4844 e (24) 3365-2803, ou pelo formulário online que você acessa clicando aqui.

Cuidados para que não haja infestação do Aedes aegypti

- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os depósitos de água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo, uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do Aedes aegypti.