Encontro científico apresentou pesquisas realizadas nas Bacias Hidrográficas do Médio Paraíba do SulFelipe Vieira/CCS PMBM
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Barra Mansa, Vinícius Azevedo, e também vice-presidente do Comitê, participou do evento. Na ocasião, ele apontou a importância de construir e compartilhar conhecimentos. “A questão ambiental não segue as regras dos limites geográficos administrativos. Um acidente ocorrido em qualquer cidade da nossa região, certamente, impactará outros municípios. Quem não se lembra do caso da Servatis, em 2008, quando houve o derramamento de pesticida nas águas do Rio Paraíba do Sul provocando a mortandade de mais de 80 toneladas de peixes e comprometendo o abastecimento de água em sete cidades da região, causando transtornos até São João da Barra. É sobre esses efeitos, que podem ser sentidos em cidades próximas ou mais distantes, que estamos debatendo, entre outros assuntos”, pontuou Azevedo.
Também participaram do simpósio representantes das prefeituras de Barra Mansa, Miguel Pereira, Porto Real e Rio Claro; Defesa Civil Estadual; Instituto Estadual do Ambiente (INEA); Águas das Agulhas Negras; Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barra Mansa (Saae-BM); Saae de Volta Redonda, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Acampar RJ; Apedema RJ; Vale Verdejante; e ONG Crescente Fértil.
O acidente ocorreu em 2008, na cidade de Resende. Treze anos após o desastre, não foram encontrados estudos que comprovem a persistência ou degradação desse composto no ambiente na região impactada. As amostras de sedimento tiveram resíduos de endosulfan abaixo do Limite de Detecção.
As amostras de água obtiveram resposta para o endosulfan lactano nas concentrações de 142 e 255 µg.L-1 nas duas coletas realizadas.
O efluente tratado com uso de coagulante natural apresentou melhor aspecto visual, com maior potencial de aceitação em relação ao efluente do filtro orgânico. Todos os efluentes obtidos na pesquisa necessitam passar por outra etapa de tratamento primário e secundário para lançamento em corpos hídricos.
Os resultados demonstram a necessidade da continuidade do levantamento de dados na região, além de um estudo das microbacias para dimensionar a contaminação da Bacia do Rio Paraíba do Sul.
O resultado da pesquisa demonstrou que o uso do biopolímero para tratamento de água da ETA de Barra Mansa apresentou maior efetividade na remoção de cor e turbidez da água do que o emprego de Al2(SO4)3, sem alteração do pH.
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