
Entre eles, estão os médicos, Dr. Carlos Raposo e Dr. Raymond Burke, as auxiliares de enfermagem, Therezinha Rodrigues, Elenita Pereira e Creuzimar Machado, além da Adriana Silva – irmã da primeira enfermeira vítima da Covid-19 na cidade.
Nos bastidores, a comoção foi grande por terem sido escolhidos para receber a primeira dose da tão aguardada vacina.
Confira alguns depoimentos:
O médico, Dr. Carlos Raposo, tem 68 anos e estava de plantão na unidade:
“Eu me sinto lisonjeado. Dentre tantos outros médicos que trabalham no município, eu fui o escolhido para receber a primeira dose. Para nós que ficamos em contato direto com o vírus, vai diminuir a infecção causada pelo mesmo. O ideal é tomar as duas doses, embora não tenha a imunização de imediato, mas a longo prazo seremos imunizados. Importante, mesmo com a vacina, manter a higiene”.
Dr. Raymond Burke, médico afastado por ser do grupo de risco, tem 72 anos e quase 50 anos de profissão:
“Em função da faixa de idade e grupo de risco, a infectologista havia me tirado da linha de frente e mandou ficar em casa. Ser um dos primeiros a ser vacinado… não tenho palavras para agradecer. É um casamento entre eu e Búzios. Alegria que não dá nem para contar! Ficar em casa, sem poder trabalhar, é mortal, principalmente em não poder ajudar a população… então, vacinar é o grito de liberdade!”.
Elenita Pereira tem 58 anos e exerce a profissão de Auxiliar de Enfermagem há 30 anos:
“É uma emoção muito grande para nós que trabalhamos na linha de frente dessa doença perigosa. Eu agradeço por ter sido escolhida e quero pedir às pessoas que continuem se cuidando, pois graças a Deus já temos a vacina para nos proteger. A vacina é muito importante”.
Creuzimar Machado, de 62 anos, é Auxiliar de Enfermagem e também estava de plantão no Hospital quando o imunizante chegou:
“A emoção é grande por ser uma das primeiras a receber a vacinação, um pouco nervosa, mais grata! O imunizante nos dá a segurança de estarmos bem, para tratar as pessoas que necessitam da gente. Importante frisar que o imunizante tem que ser completo com as duas doses e, mesmo depois de imunizado, continuar tomando todos os cuidados que tomamos hoje”.
“A importância dessa vacina é a esperança de acabar com o vírus. Ser uma das primeiras pessoas a ser vacinada foi de suma importância para mim. Eu não tenho palavras para falar sobre o dia de hoje! Eu perdi minha irmã que era enfermeira aqui do Hospital Rodolpho Perissé para essa doença; isso foi tipo uma homenagem que fizeram para ela”.
Após esse grupo receber a imunização, a Secretaria de Saúde enviou os profissionais para vacinar Dona Eva, a quilombola mais idosa do Brasil, com 111 anos, que mora na Aldeia da Rasa.