Em entrevista ao O Dia, Castro disse que era “só resolver a papelada e botar para funcionar”. O governador afirmou que a unidade funcionaria ainda naquela semana, ou, no mais tardar, na semana seguinte. Pelo visto, a simplicidade aparente da fala do governador não resultou em nada além de frustração.
A situação virou um verdadeiro jogo de empurra. Nesta terça-feira (11), O Dia entrou em contato com a secretaria Estadual de Saúde, que disse que a responsabilidade sobre a questão, agora é da secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). A reportagem procurou a assessoria da Secti, que, em nota, não deu prazo algum para o início das atividades da unidade. De acordo com a nota, como o Hospital UNILAGOS não estava funcionando, a equipe médica precisou fazer o levantamento de todos equipamentos, medicamentos e insumos necessários.
“Para abrir os leitos foi elaborado um plano de trabalho pela UERJ, que administrará o hospital com a Faculdade de Medicina. Cabe destacar ainda que, para viabilizar a reabertura o mais rápido possível, o proprietário do hospital tem mantido contato direto com representantes do estado”, explica a nota. Por fim, a secretaria afirma que “já está em andamento a celebração dos contratos administrativos, formalidades essenciais para o retorno”.
Da promessa feita até hoje, o que se viu foi um contágio monstruoso da COVID-19, em especial, em Cabo Frio, mais populoso município da Região dos Lagos. Em 22 de março, com 11 meses de Pandemia, a cidade tinha 8.102 casos confirmados da doença, com 382 óbitos.
A Prefeitura de Cabo Frio foi questionada pela reportagem se recebeu algum prazo do Estado para funcionamento do UNILAGOS. Por meio de nota, o município se limitou a ressaltar que “o hospital é uma unidade de saúde particular, e que aguarda as definições do Governo do Estado sobre a promessa de reabrir o local”.
Assim como a secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, O Dia procurou o Núcleo do Interior do Governo do Estado e também não obteve resposta com o setor.