Segundo as investigações, Glaidson, cujo histórico profissional era de garçom, movimentou em pouco tempo R$ 2 bilhões nas contasLetycia Rocha (RC24h)
A empresa é suspeita de atuar em esquema de pirâmide no mercado de criptomoedas, movimentando “cifras bilionárias”, conforme a PF, e deixando investidores no prejuízo. Segundo as investigações, Glaidson, cujo histórico profissional era de garçom, movimentou em pouco tempo R$ 2 bilhões nas contas.
Ele foi preso em uma mansão no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio. O volume de dinheiro vivo surpreendeu até os agentes que participam da ação: “Nem na Lava Jato”, disse um. Ainda de acordo com os agentes, a GAS também se apresentou como proprietária de R$ 6,9 milhões apreendidos em Búzios. Glaidson continua na sede da PF na tarde dessa quarta.
“Não é nenhum crime ter um dinheiro em casa, a quantia sendo alta, ou baixa, desde que o dinheiro tenha origem lícita e seja de conhecimento dos órgãos competentes. Eu preciso que o cliente me passe as informações sobre o que foi apreendido. Ele diz que é lícito e me passará os documentos comprobatórios”, completou o advogado.
A operação da Polícia Federal em conjunto com o GAECO, do Ministério Público Federal, e com a Receita Federal, tem outros oito mandados de prisão, entre preventivas e temporárias. Cerca de 120 agentes estão nas ruas.
Segundo as investigações, a empresa GAS Consultoria é responsável por um esquema de pirâmide chamado ‘ponzi’, que prometia um “insustentável retorno financeiro sobre o valor investido”. Pessoas aportavam grandes quantidades de dinheiro no esquema, que prometia lucros de 10% ao mês sobre o valor investido.
A GAS Consultoria atua no mercado de criptomoedas. Nos últimos seis anos, as empresas envolvidas nas fraudes movimentaram cifras bilionárias e 50% da movimentação aconteceu no último ano, segundo a Polícia Federal.
Uma pessoa que se identifica como funcionário da empresa suspeita de pirâmide afirmou que os “trabalhos seguem normalmente”, por meio de áudios nas redes sociais.
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