O preso foi conduzido à Sede da PF em São Paulo e em seguida será encaminhado ao sistema prisional do Rio de JaneiroSabrina Sá (RC24h)

Na tarde desta terça-feira (12), a Polícia Federal prendeu um dos foragidos da operação Kryptos. Já denunciado por crimes contra o sistema financeiro nacional e organização criminosa, o preso é apontado como consultor de Glaidson dos Santos, dono da G.A.S. Consultoria, conhecido como “faraó dos bitcoins”.

Michael Magno, conhecido como “corretor das celebridades”, foi localizado por policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Superintendência da PF, na Rodovia Castelo Branco, na condução de automóvel de luxo, na altura do Município de Araçariguama, em São Paulo.
Michael ficou conhecido no Rio e em São Paulo por aparecer em fotos ao lado de artistas para os quais teria vendido imóveis.

O preso foi conduzido à Sede da PF em São Paulo e em seguida será encaminhado ao sistema prisional do Rio de Janeiro, onde ficará a disposição da Justiça.

Embora a investigação pontue que não há vínculo formal entre o corretor e Glaidson, Michael era, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF), ligado ao casal Tunay Pereira Lima e Marcia Pinto dos Anjos, ambos presos no mesmo dia que o ex-garçom, em 25 de agosto, durante a operação. Michael declarou, em 2021, bens e rendimentos tributáveis de mais de R$ 32 mil, além de um patrimônio de pouco mais de R$ 293 mil.

Os policiais descobriram ainda notas fiscais de compras feitas por Michael em que constam o e-mail pessoal de Tunay. Além disso, ele também adquiriu duas mesas de jogos nas quais o endereço de entrega é o do próprio Glaidson.

Ainda segundo o MPF, entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021, Michael movimentou mais de R$ 9,6 milhões em uma única conta-corrente. O suspeito foi denunciado em 5 de outubro e a 3ª Vara Federal Criminal do Rio o tornou réu junto com Glaidson e outras 16 pessoas.

Na segunda fase da operação, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão no Rio contra João Marcus Pinheiro Dumas Viana, também apontado pelos investigadores como operador, e Michael Magno, ambos ligados a Glaidson. Em uma escuta telefônica autorizada pela justiça, Michael afirma que Glaidson deveria deixar o país o mais rápido possível.