Trabalhadores de transporte alternativo realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (5), na subida da Ponte Márcio Corrêa, em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Fechando uma das pistas, eles lutam pelo direito de trabalhar e afirmam que sofrem uma perseguição por parte da Guarda Municipal.
Uma das manifestantes diz que os motoristas já tentaram legalizar a atividade das lotadas por diversas vezes junto à Prefeitura, mas não conseguiram um diálogo.
“Nós não estamos pedindo muito, estamos querendo a legalidade de poder andar, o direito de ir e vir, poder ganhar nosso dinheiro mais honestamente possível, porque a gente não está matando ninguém e nem roubando ninguém. Nós estamos fazendo o nosso, mas também precisamos que nos ajudem a fazer o nosso, nos legalizem, nos ouçam”, disse Jéssica Duarte.
A Guarda Municipal e a Polícia Militar estiveram no local.
Na noite desta quinta-feira (4) o carro de um dos motoristas foi apreendido sem ele nem estar trabalhando, o que gerou mais revolta entre os envolvidos.
Após a remoção do veículo, um grupo de motoristas foi para a frente ao Deposito Municipal de Veículos Apreendidos de Cabo Frio, no bairro Jardim Caiçara. Os manifestantes disseram que já é a terceira vez que o mesmo GM retira o carro. Disseram, ainda, que, ao identificar o veículo passando pela rua, o guarda teria tirado uma foto e falado “agora vou ganhar minha promoção”.
Contudo, o GM afirmou que não: essa é a primeira vez que remove o veículo. A autoridade enfatizou que apenas estava cumprindo a lei de trânsito.
Segundo o artigo 231 do Código de Trânsito Brasileiro, veículos que estão efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade competente sofrem infração gravíssimas, tendo como medida administrativa a remoção do automóvel.
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