Comparsas do ‘Faraó dos Bitcoins’ são presos na República Dominicana
Vicente Gadelha Rocha Neto, João Marcus Pinheiro Dumas, Andrimar Morayma Rivero Vergel e Larissa Viviana Ferreira Dumas eram considerados foragidos da Operação Kryptos; acusados foram capturados nesta quarta-feira (31)
Comparsas do ‘Faraó dos Bitcoins’ são presos na República Dominicana - Letycia Rocha (RC24h)
Comparsas do ‘Faraó dos Bitcoins’ são presos na República DominicanaLetycia Rocha (RC24h)
Quatro comparsas de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, foram presos nesta quarta-feira (31) na República Dominicana. Vicente Gadelha Rocha Neto, João Marcus Pinheiro Dumas e as respectivas esposas dos dois acusados, Andrimar Morayma Rivero Vergel e Larissa Viviana Ferreira Dumas.
Os envolvidos eram considerados foragidos da Operação Kryptos, deflagrada há cerca de um ano pela Polícia Federal (PF), e foram capturados em ação conjunta com a Interpol.
Segundo o inquérito da PF, João movimentou cerca de R$ 15 milhões apenas em 2020. Já Vicente tinha contas correntes abertas nos bancos First Abu Fhabi Bank e Emirates NBD Bank, na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes. Os dois tem decisões do Superior Tribunal de Justiça que podem impedir a extradição e, até mesmo, a prisão. As duas mulheres já tiveram os processos de extradição iniciados.
A Operação Kryptos, deflagrada em agosto de 2021, investiga fraudes bilionárias de lavagem de dinheiro envolvendo criptomoedas. Glaidson, conforme a Polícia Federal, movimentou uma grande quantia de dinheiro em um esquema envolvendo centenas de investigados.
O empresário foi preso há cerca de um ano, em 25 de agosto de 2021, em uma casa onde morava em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Na época, durante busca e apreensão, foram arrecadados cerca de R$ 20 milhões em espécie guardados em malas.
A GAS Consultoria Bitcoin, com sede em Cabo Frio, empresa de do Faraó, é responsável por operar um sistema de pirâmides financeiras, de acordo com as investigações, sem registro junto aos órgãos regulatórios, baseado na oferta pública de contrato de investimento no mercado de criptomoedas. Conforme os investigadores, a promessa de retorno de 10% sobre o valor investido era incompatível com a realidade.
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