Condenada na Operação Chequinho, Linda Mara é presa ao se entregar à Polícia Federal
Foragida havia mais de dois meses, ex-vereadora participou de esquema de compra de votos no governo Rosinha Garotinho
Por O Dia
Campos — Declarada foragida pela Justiça havia pouco mais de dois meses, a vereadora cassada Linda Mara da Silva (PTC) se entregou à Polícia Federal em Campos, no domingo à tarde. Acompanhada de seus advogados, Linda Mara foi ouvida e encaminhada ao IML para exame de corpo de delito. Em seguida, foi presa no presídio feminino Nilza da Silva Santos.
A vereadora e os colegas Kellenson Ayres Figueiredo de Souza, o Kellinho (PR), e Thiago Virgílio (PTC) foram condenados a cinco anos e quatro meses de reclusão em regime semiaberto, pagamento de multa, perda dos mandatos na Câmara e suspensão de seus direitos políticos.
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O trio participou no esquema de compra de votos do programa social Cheque Cidadão, durante as eleições municipais de 2016, o mesmo que envolve a ex-governadora Rosinha Garotinho.
Kellinho se entregou à PF no dia 31 de outubro. Virgílio foi preso pela Polícia Militar em 3 de novembro, ao sair de casa. Ambos estão presos no presídio Carlos Tinoco da Fonseca. Apenas Linda Mara ainda estava livre.
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As investigações da PF apontam o envolvimento de 34 candidatos a vereadores e ex-secretários municipais que usaram o Cheque Cidadão para barganha de votos entre os aliados de Rosinha, então prefeita de Campos quando a Operação Chequinho foi deflagrada. De acordo com a PM, nos três meses anteriores às eleições de 2016 o número de beneficiários do Cheque Cidadão saltou de 11.500 para 30.500, cada um recebendo R$ 200 mensais.