De acordo com a o Gabinete de Crise, flexibilizações serão mantidas, já que a mudança de fase acontece devido a parâmetros do Mapa de Risco do Estado. Foto: César Ferreira.
Em face do cenário debatido, o Gabinete decidiu por medidas que vão ser detalhadas em Diário Oficial, tais com a entrada do município na Fase Amarela, com a abertura de comércios, academias e outros espaços públicos, condicionada à exigência de pelo menos uma dose da vacinação para os frequentadores, e a suspensão da abertura de escolas de nível médio e superior, por período de 21 dias.
A reunião do Gabinete foi feita de forma eletrônica, com o Secretário de Saúde, Adelsir Barreto; Subsecretário de Saúde, Paulo Hirano; Subprocurador Geral, Gabriel Rangel; Procurador, Leonam Rodrigues; Subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção de Saúde, Charbel Kury; e a Coordenadora da Vigilância Sanitária, Vera Cardoso de Melo, com a participação de representantes do setor produtivo, vereadores, autoridades públicas e outros membros da sociedade civil.
Charbel destacou o papel do Gabinete de Crise, implementado pelo prefeito Wladimir Garotinho, em janeiro, com a participação da sociedade civil, como agentes do combate à Covid-19, buscando medidas para restringir a circulação do vírus e salvar vidas, hoje em sua 18ª reunião. “Campos foi o primeiro município a atingir a Fase Amarela no estado, em abril, pelas decisões como vacinação em massa e restrições”, defendeu Charbel.
Charbel defendeu que não seja feitam restrições, mas a inversão da cobrança de responsabilidade, para evitar a suspensão de atividades. “A gente não quer fechar nada, mas inverter a cobrança de responsabilidade. Hoje vamos trabalhar uma ideia colaborativa, com o município, fazendo sua parte e o setor produtivo a sua parte”.
Medidas
Charbel assinala que um indicador da presença de variantes novas é a elevação de ocupação de leitos de UTI, “porque a variante impacta de forma positiva as pessoas não suscetíveis”. E complementa: “A gente viu isso em janeiro, em março e estamos vendo novamente isso. É possível que seja a variante Delta, quando vemos aumento dos casos de UTI, em 75%, e de leitos clínicos, em 50%, o que caracteriza o surto”.
O epidemiologista Charbel Kury disse que o princípio que o município defende é o da segurança sanitária e que a exigência para que os estabelecimentos solicitem o comprovante de vacinação de, pelo menos, a primeira dose, “assegura a regularidade da atividade econômica com a proteção de vidas”. Ele cita que a cobertura da imunização de Campos permite adotar o modelo, na medida em que “Campos registra 72% da população adulta vacinada com a primeira dose, acima da média nacional, e 53% se for considerada a população total, bem superior à média nacional. Enquanto Campos está em 24 25 anos e Macaé está em 33 anos”.
O Secretário de Saúde, Adelsir Barreto, ponderou que é preciso ter responsabilidade, no dia a dia, ‘que depende da disciplina de cada um, para não extrapolar a liberdade que está nas mãos de cada um”. O secretário observou ser necessária respeitar a indicação dos médicos de que todas as vacinas são necessárias, sem escolha de imunizantes.
O Subsecretário Paulo Hirano lembrou que qualquer vacina que estiver disponível tem que ser aplicada: “Não façam distinção de vacinas, porque prejudica a você, que ficam sem se imunizar, e a toda sociedade, porque amplia os riscos. O importante é vacina no braço. Por isso a exigência da vacinação. A responsabilidade é de toda a sociedade. E por isso é importante que o setor produtivo colabore, tornando-se obrigatório a vacinação do colaborador, que tiver em sua idade, para a primeira dose. A responsabilidade cada vez mais passa a ser coletiva, de todos nós”.
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