Deputado Rodrigo Amorim denuncia de agressão protagonizados pela família Garotinho e sai em defesa de Rodrigo Bacellar: "meu irmão e aliado"Foto: Arquivo Pessoal.
“Tem todo direito de defender o prefeito, que é seu padrinho político, mas não pode achar que vai chegar aqui e destruir reputações impondo uma narrativa falaciosa. Ele cita a OAB para reforçar seu discurso, mas não conta que a responsável pela nota da OAB é nomeada na Prefeitura de Campos". Após o deputado Bruno Dauaire tecer críticas ao secretário Rodrigo Bacellar em torno de uma discussão política na cidade de Campos, Amorim citou a denúncia e alertou a Dauaire que existem casos graves de espancamento envolvendo membros da família Garotinho e que não teriam sido apurados pelas autoridades competentes.
Segundo o deputado, foram três episódios de violência, com duas ex- companheiras de Juninho Dias, como é conhecido o irmão da ex- prefeita Rosinha Garotinho e tio do prefeito Wladimir Garotinho. Em entrevista ao O DIA, Amorim salientou que as "cotoveladas" da disputa política são normais. Entretanto, devem respeitar limites éticos. E que houve uma discussão dura iniciada pelo prefeito com o maior adversário político de sua família: o secretário de governo Rodrigo Bacellar, seu irmão e aliado.
"Ocorre que o deputado Bruno Dauaire foi pressionado pelos chefes do clã que representa à dar novos contornos a discussão: usou a tribuna da Assembleia Legislativa para criar uma narrativa covarde e falaciosa. Alegou que se tratava de “violência politica” essa foi a razão pela qual imediatamente refutei com veemência os ataques. Tenho profundo respeito pelo deputado Bruno Dauaire que é meu amigo antes mesmo de ser deputado. Entretanto, aprendi que na vida e na política é necessário ter lado. Bacellar é meu aliado e por isso refutei imediatamente os ataques", enfatizou.
Amorim destacou ainda que não irá permitir que essa narrativa ganhe força na Alerj, pois o plenário da assembleia viveu épocas em que a atuação política se limitava ao fisiologismo do velho “toma lá da cá” e hoje há embate ideológico, o que considera essencial à democracia. "Nesse sentido, trouxe à memória os verdadeiros episódios de violência (física) que tramitam nas esferas policiais e criminais de Campos, envolvendo a própria família do prefeito. Assim como nunca deixo de lembrar os atos violentos do PSOL em 2013 e 2014, o vandalismo, a morte do cinegrafista e a facada em Bolsonaro. A política não pode admitir violência", pontou Rodrigo Amorim.
A família Bacellar e a família Garotinho são adversárias no plano político local, mas Rodrigo e Wladimir chegaram a ensaiar uma tolerância no plano político em nome da liturgia dos respectivos cargos. Rodrigo Amorim (PSL) foi o deputado estadual mais votado no Rio em 2018 com 140.666 votos.
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