A PM participou das ações, que começaram nas primeiras horas da manhã em bairros de Campos Foto 8º BPM/ Divulgação

Campos – Uma mega operação (“Terminus”) organizada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência Civil, colocou o crime organizado no cerco, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (17), no Norte/Noroeste Fluminense e Sul do Espírito Santo; o alvo principal foi a facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), chefiada pelo traficante W.S.Monteiro, o Ben 10.
As ações em Campos dos Goytacazes aconteceram no bairro de Guarus e nos distritos de Santo Eduardo e Santa Maria, na região norte do município; segundo o MPRJ, no geral, foram presas 47 pessoas, incluindo o PM Leonardo Guimarães, por porte ilegal de arma de fogo e munições; apreendidos 19 celulares em presídios e 425 papelotes de cocaína.
O delegado Pedro Emílio, da 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, coordenou as investidas, que envolvem polícias Civil, Militar, Rodoviária Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ; estiveram em ação mais de 200 policiais de 20 delegacias do interior do Estado.
O Ministério Público explica que os cumprimentos dos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão aconteceram em Campos, Bom Jesus do Itabapoana e Itaperuna (no Norte/Noroeste Fluminense), e nas cidades de Mimoso do Sul e Apiacá (sul do Espírito Santo), “todas elas áreas dominadas pelo grupo”.
Outros mandados foram cumpridos em presídios da capital do Estado, de Campos, Japeri, Niterói e Cariacica; “entre os alvos dos mandados de busca e apreensão foram apontados dois policiais militares envolvidos com o tráfico de drogas nas localidades de Santa Maria e Santo Eduardo, pertencentes a um grupo rival ao chefiado por Ben 10.
O MPRJ relata ainda que “as investigações tiveram início após a apreensão, com Ben 10, durante uma abordagem policial realizada no ano passado, de um caderno contendo anotações do tráfico, além do aparelho celular do denunciado”.
Os investigadores concluíram que os 56 denunciados, liderados por Ben 10, “fazem parte de um grupo criminoso que atua de forma generalista para traficar entorpecentes, com a presença de gerentes gerais, e que, através das ordens do seu líder, também estão envolvidos na prática de homicídios, motivados pela disputa do tráfico nas áreas dominadas pela organização”.