Paulo Hirano explica que houve necessidade de suspender o MCR, mas que será retomado nessa sexta-feira Foto César Ferreira/Secom

Campos - “Isso é uma mentira deslavada; é um desserviço para nossa população”. A declaração em tom de revolta é do secretário de Saúde de Campos dos Goytacazes (RJ), Paulo Hirano, ao alertar a população para notícia falsa (fake news), espalhada em redes e mídias sociais nas últimas 24 horas, envolvendo o Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal (MRC).
As ações de vacinação para o público infanto-juvenil, consistem em os agentes visitarem as residências, para vacinar os menores que ainda não estão com a carteira vacinal em dia. Por meio de fake news, a iniciativa está sendo deturpada (ainda não se sabe por quem), de propósito.
“É um absurdo e nós já fizemos uma denúncia frente ao Ministério Público e à área criminal para que sejam tomadas todas as providências na identificação dessas pessoas para serem responsabilizadas pelos seus atos, pois se trata de um ato criminoso”, diz o secretário, apontando: “criar fake news é um desserviço à nossa população”.
Segundo Paulo Hirano, as notícias falsas sobre o MRC levaram a secretaria interromper as atividades e que mais crianças deixassem de ser vacinadas, “podendo ficar doentes e com risco de morrer”. No entanto, o secretário garante que as ações serão retomadas nessa sexta-feira (18), com previsão de conclusão em 30 dias.
Nesta quinta-feira, Paulo Hirano reuniu a imprensa para abordar o assunto; ele estava acompanhado do subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde, Rodrigo Carneiro; o secretário explica a iniciativa: “assim que foi iniciado o MRC com vacinação em domicílio, também começou a circular o fake news”.
Hirano faz referência a uma imagem da equipe da Secretaria de Saúde e áudios associando os servidores ao crime de sequestro de crianças, provocando resistência por parte da população em adesão ao serviço: “o fato foi comunicado ao Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude”, ratifica o secretário.
Sobre o MCR para Sarampo e Poliomielite, Hirano reforça que segue a orientação da Secretaria de Estado de Saúde, com a finalidade de avaliar e melhorar a cobertura vacinal (Tríplice Viral, VIP e VOP) de crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias; no entanto, pontua que as equipes também estão verificando a situação vacinal dos menores de 15 anos e, aqueles que estão com vacinas de rotina e Covid-19 atrasadas.
Para evitar dúvidas, o secretário orienta: “nossos carros estão adesivados, os funcionários identificados com crachá, então a população não tem o que temer em receber nossos funcionários nesse monitoramento determinado pelo Estado”; ele ressalta: “é importante que tenhamos esse conjunto de ações”.
- É importante que haja uma divulgação sobre fato grave para que as pessoas não continuem repetindo essas fake news, esse desserviço a nossa população, mas que acolham nossos funcionários, nossas equipes de imunização possam cumprir o monitoramento para identificar as crianças que ainda não foram vacinadas, que sejam vacinadas e fiquem protegidas – conclui Paulo Hirano.