Sempre me fascinou a ideia do Deus Uno. Entretanto, ao pensar nessa ideia totalmente abstrata, eu ficava imaginando a possibilidade de haver Auxiliares para realizar a obra do Grande Todo. Ficava encantado com a existência de Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins...
Muitos filmes que vi na infância e adolescência falavam de ‘deuses’, Forças estupendas que se manifestavam para ajustar o que estava fora de ordem e restaurar o equilíbrio.
Em um trecho do livro A Doutrina Secreta, Vol. I, a autora – H.P. Blavatsky – explica a existência de uma Hierarquia dos Poderes Criadores: “Tudo isso é subdividido em inumeráveis grupos de divinos Seres Espirituais, semi-Espirituais e etéreos”.
Um estudioso das obras de H.P.B., Gottfried de Purucker, no capítulo 6 de seu livro Fundamentos da Filosofia Esotérica (tradução em revisão), procura mostrar que quando “o politeísmo filosófico foi visto como um erro religioso, rapidamente veio a reação plenamente esperada. E a Igreja respondeu ao clamor do coração humano substituindo Deuses e Deusas feridos e banidos por ‘santos e santas’, inaugurando
assim uma veneração cultural a homens e mulheres mortos, em vez de uma veneração aos Poderes ou Inteligências na Natureza! Tinham que dar-lhes santos para suprir os lugares das Deidades esquecidas; e até deram a esses santos mais ou menos os mesmos poderes que os antigos deuses e deusas tinham a fama de ter exercido e ter tido.”
Purucker considera que “os instintos do coração humano não podem ser ignorados ou violados com impunidade.” E completa: “Mas quão diferente era a visão iniciática dos Sábios nos tempos ditos ‘pagãos’!”